Fui surpreendido pela notícia que dizia que a Amazon vendeu mais livros no formato eletrônico do que em papel neste Natal de 2009. Posso dizer que já esperava que os títulos para o Kindle e demais leitores passassem os impressos algum dia, mas não tão rápido.
Isso me leva a pensar se, por acaso, acontecerá com os livros o mesmo que um dia ocorreu com os discos e CDs, espalhando-se na rede de forma incontrolável e ocasionando uma crise no setor editorial e livreiro tal qual ocorreu com as gravadoras.
É sabido por qualquer pessoa que goste de ler que livros não são necessariamente artigos baratos. Tirando um achado num sebo camarada, o normal é pagarmos em torno de 30 a 50 reais por um título recém-lançado, o que transforma o hábito da leitura em algo que deve ser previsto no orçamento, dependendo de quanto a pessoa ganhe por mês.
Minha dúvida é se ocorrerão "desbloqueios" dos leitores digitais, que possuem alguns mecanismos para bloquear livros piratas no e-papel ou mesmo a capacidade dos usuários de desenvolverem metodos para burlar a impossibilidade de "baixar" os livros, o que retira do leitor a "posse" dos mesmos e tranformando-o em "assinante" de conteúdo.
Todos estes mecanismos, aliás, foram desenvolvidos pelo pavor das editoras em ter o mesmo "fim" das gravadoras.
Mas porque? Porque nota-se desde já o desinteresse em baratear o custo. Não estou aqui dizendo que devemos fazer "reforma agrária" no lucro alheio, pelo contrário, acredito que somente a iniciativa privada e empresas que visam lucro são capazes de inovar tecnologicamente e prestar serviços cada vez melhores, mas a questão é a linha tênue entre buscar lucro e ser simplesmente leonino.
Não creio que somente preço baixo combata pirataria. Em outros países, com livros, CDs e DVDs a preços bem menores do que os praticados no Brasil ela ocorre da mesma forma, simplesmente pelo fato de que muita gente prefere não pagar por algo se puder obtê-lo de graça.
Mas nem todos são assim. Praticando-se preços competitivos (porém honestos), serão afastados da pirataria aqueles que só recorrem a ela pelo fator "custo" e talvez torne-se mais fácil combate-la.
Bloqueios, mecanismos que tentam impedi-la pela força ou simplesmente não levar em conta os interesses do consumidor nesta equação certamente não funcionam.
A indústria fonográfica está aí para provar isso.
Realmente os livros não eram pra ser tão caros, já que são isentos de impostos. Mas acredito que o livro em papel nunca será totalmente substituído. Eu, pelo menos, detesto ler textos longos no monitor.
ResponderExcluirJá tem tempo que ouvi dizer que na Europa tem outra moda: do livro gravado. Ou seja, ou invés de vc ler, vc ouve o livro (com interpretações e tudo mais). Haja preguiça pra ler, hein! rs
Um abraço! :)
O Kindle ja teve seu código querado por um israelense. Que ou será preso ou vai trabalhar na Microsoft. Mas a questão do livro é que no Brasil, o livro ainda não era pirateado. Agora vai passar a ser. Em outros países algumas editoras pirateia Paulo Coelho (ele disse numa entrevistra) e quem compra jura que é original de tão bem feita que é a cópia.
ResponderExcluirO preço dos livros é indiscutivelmente alto,e ainda é o grande motivo dos sebos terem mais clientes que livrarias.Quanto a pirataria,é uma corrente em vasto crescimento.Ouvi outro dia que até os piratas de beira de calçada,que vendiam muitos cd's e dvd's agora estão perdendo para os computadores,pois muita gente baixa em casa o que deseja assistir.É um engolindo o outro,briga de quem sabe mais.Nós?vamos na correnteza (ou contra ela).
ResponderExcluirMas quanto ao e-book,só o dia que puder ter um na mão pra dizer se prefiro papel ou tela.
Esse é mais um dos problemas da vida moderna. As pessoas estão cada vez mais individualistas. Sendo assim, tendem a pensar só em si mesmas, fazendo de tudo - cometendo até um crime, como é o caso da pirataria - para se satisfazerem com o que há de novo.
ResponderExcluirDetesto ler textos longos no monitor. O "objeto" livro também tem um quê a mais, inexplicável, só quem gosta de ler, sabe. É único e assim como jornais e revistas, não vai acabar. Além do mais, os preços caem muito rapidamente na Internet. As pessoas precisam aprender a comprar livros pelo submarino ou saraiva, ou siciliano... gente, é beeeem mais barato. Só é caro durante o lançamento, depois o preço cai muito!
ResponderExcluirEliana
Não creio que os e-books superem os livros impressos. Muita gente tem problema em ler coisas longas numa tela, por mais prática que seja.
ResponderExcluirE pra quem falou dos livros gravados (audiobooks), esse formato vende bem aqui no Brasil, muita gente compra pra ouvir no trânsito...
Duvido muito que os E-Books sejam uma revolução como foi o MP3, pois entre ouvir um CD e ouvir um MP3, mudava-se apenas a forma de comprar (ou não comprar! rsrs), com o E-Book tem uma mudança muito grande forma de utilizar, pegar o livro e deitar no sofá ou na cama é muito mais confortável do que ficar na frente do PC, e como pouquissimas pessoas tem aqueles leitores de E-Book que simulam um livro... acho q o bom e velho Papiro vai permanecer por MMUUUIIIITOOOO mais tempo!
ResponderExcluir=D
O pessoal aqui tá confundindo e-reader com monitor e e-book com audio-book.
ResponderExcluirE-reader é como um mp3 player, só que em vez de rodar músicas,
"roda" livros. Também conhecido como Kindle, da Amazon. Inclusive já tem até a versão brasileira.
Além de ter o mesmo tamanho que um livro comum, a tela não cansa como a de um monitor, vc pode ler no sol que não tem aquele reflexo tradicional dos monitores comuns, vc pode aumentar o tamanho da letra, o que resolve o problema das letras miúdas dos livros impressos, vc pode gravar milhares de livros e eu acho muito mais cômodo e confortável para ler deitado do que um livro comum, que geralmente é pesado, vc precisa ficar folheando, as vezes perde a página em parou... enfim, em questão de conforto, o e-reader ganha. As únicas diferenças é que não tem aquele cheirinho do papel e vc não pode ostentar na sua estante para os amigos. hahahaha
baixar livros piratas para ler na tela do PC é inviavel, porque é um saco ler na tela e tal. O kindle ja é uma ferramenta bem mais amigavel. Os preços dos livros no Brasil são uma afronta. Enquanto vc compra livros em aeroportos do mundo, chamados de paperback, por 2, 3 dólares, aqui vc para 60 70 80 reais por livros, no mínimo. Não temos uma cultura de incentivar a leitura. Vc vai na Saraiva ou outra e os preços assustam, sobretudo se vc é daqueles que lêem 2 ou 3 livros ao mês. Pirataria, num pais dominado pelas oligarquias que se revezam no poder a mais de 500 anos, e que até hoje jamais se preocuparam com a educação deste povo, que mal sabe falar, escrever e que não lê nada alem de um refrão de pagode, não é crime, é necessidade. Pirataria é o que se faz em Brasilia, nos 3 poderes. Valeu !
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