A noite vai ser boa, tudo vai rolar...

Postado em 29 de dez. de 2011 / Por Marcus Vinicius

Conhece essa música? Aquela do "trocando de biquini sem parar". Pois é, se  tocar, pelo menos pra mim, a noite já não vai ser boa, porque eu não gosto dela, mas você pode gostar e aí a história muda completamente.

Gosto é uma coisa complicada e por isso mesmo chamar alguém pra sair é uma arte, aliás, nem é uma arte, é um perigo mesmo. Você em casa, sem nada pra fazer, torcendo pro telefone tocar e o que acontece? Ele toca! Quem mandou torcer? É um amigo do seu trabalho:

- Beleza? Estou te ligando pra te convidar pra vir aqui em casa, vai rolar um pagode fundo de quintal sensacional, com mocotó e cervejinha, não aceito um "não" como resposta, hein...

Viu só? Bem feito. Estudar análise combinatória não deve ser tão pior do que o programa que você arrumou. Mas pro seu amigo pagodeiro, tenho certeza que a batucada com sopa de pata de vaca deve ser a melhor coisa do mundo. Cada um dá um pouco, fazem as compras e é só "diversão".

Aí você se pega contribuindo com R$ 20,00 para um evento que você pagaria R$ 50,00 pra não ter que ir.

O legal é que o inverso também é verdadeiro, e isso te permite uma vingança sensacional.


Vá no tal pagode, finja que está se divertindo, chame aquela prima baranga cheia de Kolene no cabelo que ele vive querendo empurrar pra cima de você de "princesa", beba a cerveja quente como se fosse um Tanqueray com tônica, até bata palminhas na hora de um dos muitos "ôôôs", "êêês" ou "láláiás".

Comporte-se como se quisesse sair dali e dar uma esticadinha num baile da "Gaiola das Popozudas". Depois de meia hora, diga pra ele que vai ali e já volta e fuja o mais rapidamente possível.

Dali a uma semana será a hora da vingança. Retorne aquele telefonema, pergunte o que ele está fazendo, elogie o churrascão e faça o convite fatal:

- Tô ligando pra te chamar pra um festival de cinmema iraniano. Vai rolar uma maratona de 8 horas de filmes sobre tapetes persa e depois da palestra do Caetano vai ter um jantarzinho num bistrô vegetariano, não aceito não como resposta, hein...

Apareça já de ingressos comprados, se instale na cadeira, espere apagar as luzes e depois de uma meia hora diga pra ele que vai ali e já volta, e fuja o mais rapidamente possível, afinal de contas, o pagodeiro que merece ficar de castigo é ele.

5 Comentários:

Paullo Henriker postou 29 de dezembro de 2011 às 08:15

A vingança nem foi tão cruel, poderia, ter levado ele até um museu de arte conteporanea aposto que ele ia adorar

Anônimo postou 29 de dezembro de 2011 às 08:33

Faz um mês aproximadamente, que me chamaram para um pagodinho lá na antiga Tubes do Méier e para me convencer ainda usaram o argumento de que lá era cheio de gatinhos. ¬¬

(Ritchêza)

Anônimo postou 29 de dezembro de 2011 às 09:05

Você se amarrou no "pagodin", está bem claro aqui... hahahaha

Marcelo R. Rezende postou 29 de dezembro de 2011 às 14:01

Só eu aqui curtiria o pagode e a sessão de filme iraniano?
Adoro uma muvuca, mas também adoro uma coisa calma, no fim eu ficaria mal de não ter ninguém junto. Sou muito daquela vibe de quem faz o lugar é a pessoa.

Mas é toda uma graça o texto.

Beijo.

Unknown postou 1 de janeiro de 2012 às 17:34

Não vim convidar pro pagode, nem pra sessão de cinema iraniano. Passei só pra desejar um feliz ano novo, que 2012 renda muitas boas histórias pra você contar pra nós.

Beijos

 
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