Três heróis brasileiros

Postado em 7 de ago. de 2013 / Por Marcus Vinicius

O problema é que todo mundo gosta de história, mas da história que lhe interessa.

Mudam partes da história, apagam outras, relativizam papéis, prestam enorme desserviço para a educação e a formação das futuras gerações.

Vejo com um pouco de repulsa e nenhuma surpresa quando muitos se recusam até mesmo a dar ao papel do Brasil na Segunda Guerra Mundial, por exemplo, o seu devido valor merecido.

Não falo que o país tenha realizado participação mais decisiva do que realmente foi, não é isso, mas da história pessoal daqueles homens que foram mandados para o outro lado do mundo sem equipamentos condizentes (o exército americano precisou dar até roupas de frio adequadas), em pouco número e ainda assim lutaram com tanta bravura que mereceram reconhecimento até do inimigo.

Temos heróis neste país e quem se lembra deles? Quem passa ali pelo monumento dos pracinhas no Aterro do Flamengo e diz, silenciosamente e para si mesmo, "obrigado"? Não conheço muitos.



De quem não reconhece nem a própria história (e a esquerda domina a narrativa e o ensino no Brasil) por medo de com isso "exaltar os militares" não podemos esperar que tenham honestidade em todo o resto e digam, de verdade, o flagelo que foi o socialismo onde quer que tenha sido implantado.

Faço questão de ensinar às crianças com as quais convivo:

"Aquele monumento ali, com aquela estátua de três soldados, é em homenagem a heróis brasileiros que foram para o outro lado do mundo lutar e morrer, para que hoje você fosse livre.

Se essa liberdade é total ou não, é a que desejamos ou não, não é culpa deles, eles foram lá e deram o que tinham de mais precioso por ela que foi suas vidas, nunca se esqueça de que ali tem gente que morreu por você, sem que você tivesse nem nascido ainda".

Um mundo melhor (e não esse mundo louco e insensível, coletivista e burro, que a esquerda tanto prega) começa por reconhecer a si mesmo, a sua história e não permitir que ninguém roube a sua consciência.

Temos que homenagear quem merece, como os três heróis brasileiros - Arlindo Lúcio da Silva, Geraldo Rodrigues de Souza e Geraldo Baêta Cruz - que resistiram sozinhos à investida de uma tropa que, devido à bravura dos três, ficou retida ali por muito tempo, imaginando haver mais inimigos do outro lado.

Ao final os três sucumbiram, mas a sua valentia foi tanta que os alemães os enterraram e colocaram nas cruzes sobre seus túmulos a seguinte frase: três heróis brasileiros.

Seus nomes - e não o de tantos ladravazes - é que mereciam batizar avenidas, praças e escolas.

Deixo aqui minha homenagem.

2 Comentários:

Carlos Maurício Ardissone postou 15 de agosto de 2013 às 06:04

Belo texto e bela homenagem. Parabéns por ajudar a "remar contra a maré" meio ao contágio de ideologismo de botequim que, infelizmente, acomete boa parte do estudo da nossa história.

mvsmotta postou 15 de agosto de 2013 às 07:21

Eu que te agradeço a leitura, o comentário e a força.

Um abraço!

 
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