O flash mob do Activia

Postado em 16 de nov. de 2010 / Por Marcus Vinicius

"Ão, ão, ão, vem chupar meu p*rocão".

Responda rápido: esse grito de guerra seria do que? De uma torcida organizada de futebol para a outra, uma propaganda de um novo concorrente do Chikabon ou da turma animada que estava no metrô voltando da tal "passeata gay" (ou qualquer coisa que teoricamente sirva para defender os "direitos" dos homossexuais)?

Acertou quem apostou na turma do arco-íris.

Atualmente é moda falar em homofobia, o que termina por banalizar e generalizar o termo. Concordo que gays não são cidadãos com nenhum tipo de diferença jurídica frente a qualquer outro. Na minha opinião devem trabalhar, namorar, viajar, candidatar-se a cargos públicos, unir-se civilmente e até adotar crianças.

Concordo também que espancar, ofender ou qualquer outro tipo de supressão dos direitos constitucionais de alguém só pelo fato da pessoa ser gay é coisa de quem poderia muito bem estar de quatro, pastando e votando no Tiririca.

Mas não acho que alguém que se incomoda com um casal de gays dando beijos de língua, apalpando as partes pudendas um do outro e praticamente transformando uma calçada, um corredor de shopping ou uma praia numa sauna seja homofóbico. Não é.

Porque uma coisa é o cara gostar de outro cara e a mulher gostar de outra mulher, e outra coisa bem diferente é o cara que gosta de caras e a mulher que gosta de mulheres fazer questão de esfregar agressivamente na cara dos outros essa sua preferência, falando palavrões, fazendo gestos, mexendo com os outros e comportando-se histericamente.

E muita gente que vai nessa passeata gay só está ali pra isso. É como se dissesse "me sinto discriminado mas eles vão me engolir hoje". E esse tipo de comportamento, na minha opinião, só contribui para dar razão aos seus detratores.


Sou contra esse negócio de criminalizar a dita "homofobia". Pra quem espanca gays, está aí o Código Penal que pune agressões. Para quem ofende, estão aí as leis que coíbem e punem as injúrias, calúnias e difamações. Para tudo existe o código penal e qualquer outra coisa de priorize grupos específicos (gays, negros, índios, torcedores do América) é discriminatória para com o resto da população, já que cria classes de cidadãos que são mais protegidos pela lei do que outros.

É como se a lei quisesse dizer que "maltratar os outros é errado, mas maltratar negros é muito errado" ou que "espancar pessoas é ruim, mas espancar gays é um pouco mais ruim". Não cola.

Se um grupo de ativistas gays tem o direito de ir incomodar católicos fazendo um "beijaço" no trajeto da passagem do Papa, têm de estar preparados para que os chamem de "bichas", "viados" e mais o que for. Ação e reação, é assim que funciona.

Do jeito que vai, um pai com seus filhos num Mc Donald´s qualquer não vai poder se dizer incomodado com alguém fazendo uma "pegação" na frente dele, porque será criminalizado por isso, como se o mundo tivesse necessariamente que se transformar num banheirão.

Acho que tudo o que um casal hetero normal evita fazer em público, vale para um casal homossexual. E conheço pouca gente que tire as calcinhas da esposa numa casa de chá ou morda as nádegas do marido num rodízio de pizzas.

Indo pela mentalidade dessa gente, o fabricante do Activia poderia organizar um flash mob chamado "cagaço". Quinhentos manifestantes usariam o produto e fariam uma reunião numa praça, para defecar em público. Tudo em nome do direito de cada cidadão a ter um intestino regulado.

A idéia é uma m*, mas serviria para o que parece ser o único propósito de alguns "ativistas gays": chocar.

Chocar e não resolver nada.

8 Comentários:

Tiago Cunha postou 16 de novembro de 2010 às 08:47

Acredito que o bom senso é o que todos devem ter, independente de ser hétero ou gay, já vi alguns casos como os que foram citados no texto, mas já vi muitos héteros passarem dos limites em público, isso vale pra todos, essa coisa de dividir soa como se fosse separatista, um grupo melhor que o outro, a igualdade precisa ser mais vivida, por isso acredito no bom senso, para héteros e para gays.

Luiz Fernando postou 16 de novembro de 2010 às 09:45

Resolver...eles não querem resolver nada.

Se essas manifestações estúpidas e, até certo ponto, agressivas ocasionarem um confronto e virar a opinião pública contra eles, tanto melhor.... pra eles.

Eles vão dizer que estavam certos e que a perseguição da sociedade contra eles existe.


Infelizmente o partido que está no comando político do Brasil colabora pra que esse processo de divisão do país em classes se acelere.

Isso não é luta por direitos, é método.

Isabel postou 16 de novembro de 2010 às 10:45

"Para tudo existe o código penal e qualquer outra coisa de priorize grupos específicos (...) é discriminatória para com o resto da população, já que cria classes de cidadãos que são mais protegidos pela lei do que outros." - É, disse tudo. Mas bem que eu gostei do beijaço gay na passagem do Papa, hahaha. Afinal, a igreja não concorda muito com essa idéia de que homossexuais e heterossexuais devam ser tratados da mesma forma, no que concerne direitos e deveres dos cidadãos (tratam homossexuais como aberrações, e portanto merecem essas provocações, sim!).
Beijo

Kilson postou 16 de novembro de 2010 às 11:58

Qualquer tipo de preconceito ou segregação, acredito eu, deve ser evitada.
Eu não tenho nada contra os gays, inclusive tenho amigos que fizeram essa opção sexual.
Mas também entendo que pra tudo na vida tem local, hora, modos e costumes que devem ser respeitados.
Assim como eu não tenho direito de agredir um casal gay que anda pelas ruas de mãos dadas, eu não tenho que aceitar como normailidade, que eles fiquem de "pegação" em espaços públicos, inclusive expondo os meus filhos a esse tipo de coisa.
Se um casal hetero é pego na rua em atos obsenos, tem que ser preso e isso ninguém comenta, mas se isso ocorre com um casal homo, já vira homofobia e a repercussão é imediata.
Se eu tenho um vício de fumar cigarros, eu tenho que entender que eu não posso fumar em lugares públicos, pq ninguém é obrigado a sentir o mal cheiro do meu cigarro.
Da mesma forma, quem tem outros comportamentos "diferentes", devem procurar espaços adequados para isso e que compartilhem com as suas escolhas.
No caso dos fumantes, os restaurantes e até shoppings já reservam espaços para eles.
Abraços

mvsmotta postou 16 de novembro de 2010 às 12:32

Isabel,

A diferença é que nenhum padre foi no trajeto da passeata gay pregar contra homossexuais.

Cada um na sua é uma beleza.

;)

Unknown postou 16 de novembro de 2010 às 14:59

Eu acho escrotidão uma merda. Seja um casal hétero, ou um casal gay. Lugar de se chupar não é em público, e sim num motel, em casa, no quarto, ou em qq lugar privado. Simples assim.
Acho que existe uma grande confusão entre lutar pelos direitos civis dos homossexuais, o que eu acho justíssimo, e ficar se agarrando, ou berrando palavrões em público. Por isso que o movimento é discriminado. A partir do momento que os gays resolverem lutar pelos seus direitos sem escrotidão, talvez as pessoas que hoje são contra, comecem a enxergar com outros olhos.

Emanuele postou 17 de novembro de 2010 às 16:59

Realmente, eu nunca morderia a bunda d um marido num rodízio de pizzas, poderia comprometer meu paladar. kkkkkkk Muito engraçado!
Se todo grupo vai ter uma lei específica, quero uma pro meu tb. Gordos, vamos a luta! omos mto discriminados e queremos direitos iguais: roupas na moda, namorados (das) sexys, inteligentes e c/ $. Cadeiras mais fortes e largas etc e tal...
Nada contra os homoafetivos, nem contra nenhum grupo em especial, nem contra os gordos kkkkkkk, mas daqui a pouco seremos divididos em clãs ou algo do gênero!
A galera tem q aprender a respeitas as leis, penais, civis etc.
E a igreja tem que entender que o estado é laico e fim. Sua opnião é só mais uma dentre as diversas existentes em um país.
E o Estado tem que respeitar a constituição e não ficar fazendo vontadezinha, nem acordo com religião nenhuma e governar com base no que realmente interessa.

Isso tudo pq as pessoas ñ aceitam as diferenças, sejam elas quais for.

Suzana postou 26 de novembro de 2010 às 08:05

É fato que os homossexuais estão sofrendo muita discriminação, mas é errado criar uma lei SOMENTE para a proteção de homossexuais, ou para qualquer outro tipo de classe (salvo a violencia contra crianças e idosos, já que é comprovado que estas classes são psicologica e fisicamente mais vulneráveis que qualquer outra).

Estudo em uma FAETEC aqui no RJ, no curso de Administração, e uma das minhas matérias técnicas é o Direito. Nessas aulas, aprendemos o art. 5º da Constituição Federal, que diz: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade..." (para ler mais: http://www.culturabrasil.pro.br/artigo5.htm Leitura obrigatória para QUALQUER cidadão brasileiro!!!).

Dito isto, JÁ ESTÁ na CF, desde sua criação, as garantias de nossos direitos (e deveres, atenção! Não é só de direitos que se baseia uma sociedade). Devemos fazer pressão às autoridade para que essas leis sejam cumpridas para todo e qualquer cidadão, sem que o próprio poder judiciário discrimine as classes que compõem o nosso país.

 
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