Aceito o seu dinheiro, agradeça-me!

Postado em 10 de nov. de 2010 / Por Marcus Vinicius

"Aceito seu dinheiro, agradeça-me!", dessa forma pode ser definida a prestação de serviços no Rio de Janeiro. Certa vez contei que estava em Niterói e tentei pedir uma pizza pelo telefone, num sábado à tarde, e levei uma bronca do rapazinho que me atendeu, que entre espanto e incredulidade me "ensinou" que não se come pizza antes das 15:00.

Mas acabei sendo injusto com Niterói, afinal, só porque a prestação de serviços lá tem um padrão haitiano, isso não quer dizer que sua irmã maior situada do outro ladro da grande poça de água parada - que um dia foi uma baía - seja muito melhor.

Três cenas ilustram bem o grau-lixo que os serviços no Rio de Janeiro mereceriam de um Guia Quatro Rodas da vida. Isso caso suas equipes conseguissem fazer uma avaliação correta da cidade, sem ter duas rodas quebradas nas suas ruas esburacadas e as outras duas roubadas num arrastão.

A primeira cena é de uma loja que batizarei - para não usar o nome da original - de "Conserto Rápido", especializada em fazer bainhas, ajustes e demais serviços em roupas. Uma senhorita - advogada residente em São Paulo - chega no balcão dessa loja para fazer uma bainha numa calça. A mocinha que a atende toma nota das medidas, do telefone da cliente e avisa que a calça estará pronta no pequeno prazo de dois, isso mesmo, você leu certo, dois dias.

A cliente, acostumada com o prazo de uma a duas horas em São Paulo, ficou em dúvida se aquele era mesmo o serviço "rápido", porque se fosse, nem queria saber o prazo do "lento".

A segunda cena é durante um espetáculo no recém reformado Theatro Municipal do Rio de Janeiro, lugar ainda mais luxuoso depois da obra (ainda que alguns sofás já estejam rasgados, talvez vítimas da "expansividade" do carioca). Chego numa das lanchonetes instaladas num amplo salão bregamente decorado como motivos egípcios para tentar comer alguma coisa.

O lugar oferece o variado e sofisticado cardápio de pastéis de forno e pães de queijo, e a  atendente já vem logo avisando, com aquele sotaque e educação muito própria da Cidade Maravilhosa:

- Ó, se for comer paixtel fica sabenu que só tem de carne e o refrigerante tá quenti.

- Tudo bem, acho que vou de pão de queijo mesmo, tá fresquinho?

- Foi feito mais cedo, né? Dexa vê... (aqui ela mete o dedo no pão de queijo pra ver se está macio)...ó, tá bom ainda...aproveita que só tem esse saco.

- Tudo bem, quanto é?

- Sete reais.

Isso mesmo. Primeiro, um lugar que chega a cobrar duzentos reais por um ingresso não tem uma lanchonete que sirva um cardápio diferente de uma Kombi de esquina, depois nem mesmo esse cardápio variadíssimo é preparado em quantidade que atenda a todos que forem ali e por último, sete reais por meia-dúzia de pãezinhos de queijo coquetel.


Ruim e caro. Esse parece ser o padrão dos serviços no Rio de Janeiro.

Por último, a cena do aeroporto. Sim. O Aeroporto Tom Jobim, aquele que já passou por umas 287 reformas só no governo Lula mas continua com a aparência e o conforto da Rodoviária de Campos dos Goytacazes. Estava chegando da Argentina e pelo celular solicitei um taxi.

Os transportes públicos no Rio de Janeiro são um caso à parte. Um ônibus quente, barulhento e que dá solavancos dignos de um Gordini com problemas no carburador custa a bagatela de R$2,40. O Metrô não leva ninguém a lugar algum - para se ter uma noção não passa pela rodiviária e nem pelo aeroporto, mas passa por lugares como Triagem e Rubens Paiva (que até pouco tempo atrás eu pensava que fosse apenas uma vítima do DOI-Codi) - e ainda por cima vive lotado, atrasa e os trens fazem 900 paradas bruscas por viagem, talvez para prestar concorrência à altura aos solavancos dos ônibus.

Mas divaguei muito, vamos voltar ao taxi no Aeroporto. Pois bem, pedi o taxi - que aqui custa quase R$50,00 por um trajeto que em Buenos Aires custa o equivalente a R$ 20,00 e em Santiago do Chile uns R$30,00 - mas fiquei retido na fila da alfândega por uns 10 minutos.

Quando cheguei ao ponto de taxi, onde o motorista que ia me extorquir cinquentinha esperava, nada de saudações, de se oferecer para pegar minhas malas ou qualquer coisa parecida. Ele me recebeu com um:

- Tô aqui há 10 minutos esperando, nem sei se vou mais te levar.

E eu, já entrando no clima amistoso da cidade:

- Então resolve essa porra logo porque eu estou com pressa.

Ele me levou, num mau humor digno de mordomo inglês de filme de terror, como se fizesse um favor. Confesso que só não mandei ele enfiar o taxi na orelha porque já estava atrasado.

Mas um carioca médio jamais cogitaria mandar o taxista pra onde merecia. Aqui as pessoas se habituaram a ser mal servidas, ao ponto de considerar um privilégio jantar num lugar caro e que tem a fama de possuir os garçons mais grosseiros da cidade, como o Bar Lagoa, que não só ficou conhecido por isso como o carioca, na sua inesgotável esquizofrenia, passou a considerar o estabelecimento "atração" da cidade.

No Rio se você quiser tirar um tomate da pizza, é um criminoso. Se pedir para a coca-cola vir sem limão, é solenemente ignorado. Se reclamar do bife tostado (afinal, nem todo mundo gosta de carne-carvão), corre o risco de cuspirem no seu prato.

Eficiência mesmo só na hora dos 10% de gorjeta.

Aplaudo as raras exceções, que resistem bravamente oferecendo serviços decentes nesse oásis do vilipêndio ao consumidor, mas infelizmente são casos raros.

O padrão no Rio de Janeiro é não ter padrão. O cliente é um bolso, mas não tão desejável a ponto de ser seduzido com bons serviços. A tática aqui parece ser a seguinte: o cara precisa comer, precisa se vestir, precisa se locomover e vai acabar gastando seu dinheiro em algum lugar, dessa forma, se todos servirem mal, ele não terá por onde fugir.

Pelo visto, tem dado certo até aqui.

31 Comentários:

Lola postou 10 de novembro de 2010 às 07:23

hahahaha Ri sozinha aqui, lendo seu post e me lembrando de quando eu trabalhava fazendo alguns processos seletivos e treinamentos na Cidade Maravilhosa! No hotel em que eu me hospedava, a mesma rede em Sampa, é um primor de sofisticação e atendimento. No RJ, a todo momento eu cheirava meu suvaco, porque eu só podería estar fedida para ser tratada com tão mal-humor! Os taxistas então, fazem realmente parte de um tipo folclórico da cidade! Já no Aeroporto somos avisados para tomar cuidado com os mesmos, porque a maioria, vendo que vc não é de lá, dá voltas contigo só para aumentar o taxímetro! Ao mesmo tempo, conheci pessoas maravilhosas no Rio, gente boa mesmo, trabalhadora e esforçada. Pena que a beleza da cidade não deixe alguns tão de bom-humor e maravilhados como de quem a visita!
Bjs

David postou 10 de novembro de 2010 às 07:37

Se você acha que o Rio de Janeiro tem serviços tão ruins, por favor, venha passar uma temporada no Espírito Santo...

Leticia postou 10 de novembro de 2010 às 07:57

Da última vez que estive aí (vou de decênio em decênio) adorei ver os táxis. Eles melhoraram bastante, o que não é difícil diante do que era. Mas fica sempre a desconfiança de que o cara quer te passar a perna. Vou dando bom-dia e logo dizendo o trajeto que prefiro, pro cara não achar que sou forasteira.

Outra (que hoje mudou, é claro): uma vez fui pagar com cartão de débito. Pra quê? Do jeito que eles se reuniram nos fundos da loja, pareciam que iam chamar a polícia. Depois de muito vai-não vai, tive de passar um cheque (de SP), não sem antes deixar deixar mil telefones e a calcinha como garantia.

Adoro o Rio, mas o que estraga a cidade é esse tradicionalismo no pior sentido.

Anônimo postou 10 de novembro de 2010 às 08:00

Oi sou o FELIX LIMA (@juniorrllima) Tenho família no RJ. Em Caxias e em Niterói. Normalmente passo fim de Dez e começo de Jan por lá. E toda vez que vou lá, eu volto agradecendo por morar em SP, que não é lá essas coisas, mas que deixa o RJ no "chinelo" qdo se fala de PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. Isso se deve talvez por sermos mais exigentes por natureza. O Paulista é mto mais "grosso" e ñ pensaria 2x pra mandar o taxista ir tomar na orelha, pegar o Número de Registro de Taxista, Nome, horário do ocorrido, e ñ sossegaria enquanto ñ f*** a vida do indivíduo. Coisa que o Carioca ñ faz por preguiça ou costume mesmo... A vdd é que qdo se fala de Carioca, Paulista, Sulista ou Nordestino, nem parece que estamos falando do mesmo povo. O Brasileiro... Ass.: @juiorrllima

Priscila postou 10 de novembro de 2010 às 08:08

Acho seu post um tanto quando exagerado e preconceituoso, no tocante a forma dos cariocas falarem, e no caso das rodas do automóvel perdidas num arrastão. Só existe violência no Rio de Janeiro?! Você não deve ler o jornal e nem acompanhar os noticiários. Você é paulista?! E tem mais, se a cidade é tão ruim e não atende seus altíssimos padrões europeus você pode se mudar sabia? Até porque seria um a menos nas filas e nos engarrafamentos!
Você deve ser um daqueles filhinhos de papai mimados e nojentinhos cheio de vontades e "mimimis" que só sabem viver pra reclamar de tudo e todos.
Vá se catar seu psedo cult de merda!

Marcelo Veiga postou 10 de novembro de 2010 às 08:10

Vai se foder seu pseudo cult paulista! Você é tão covarde que precisa moderar os comentários, ou seja, você fala as merdas que quer mas os outros não podem fazer o mesmo. BABACA!

Priscila postou 10 de novembro de 2010 às 08:29

Quem é cult não precisa se auto afirmação diante de uma pequena platéia de vassalos. Você é patético!
O Rio tem problemas como qualquer outra cidade no mundo e se as coisas não funcionam melhor por aqui, a questão é falta de vontade política.
Agora se você é tão culto como diz, porque esta preso a um empreguinho? Se você se garante e é tão inteligente como faz força pra parecer porque não larga o emprego, a cidade e busca oportunidades em no País das Maravilhas?!

Você me faz rir com seu discurso de filhinho de papai pseudo cult!

mvsmotta postou 10 de novembro de 2010 às 08:30

Observem acima nos comentários do Marcelo e da Priscila dois exemplos clássicos da educação, fineza e classe do carioca médio.

O Rio é a "Cidade Maravilhosa" porque é e pronto. Não interessa o calor senegalesco, a feiúra das ruas apertadas, sujas e fedendo a urina, o centro da cidade degradado, a mendicância, a favelização, o custo de vida, a poluição das águas, os péssimos transportes públicos, é "maravilhosa" e pronto e quem não gostar que "se foda".

Para os dois desavisados, sou carioca, nascido e criado e só não vou embora porque não posso, já que meu trabalho é aqui, mas fiquem certos que o dia que puder, vou sem nem olhar pra trás.

Não é por ter nascido aqui que me tomo de um ufanismo/bairrismo ridículo que me torna incapaz de enxergar o lugar inóspito e fruto de propaganda que o Rio de Janeiro é hoje.

Foi lindo sim, maravilhoso sim, mas já não é nada disso há umas 4 décadas pelo menos.

E não sou pseudo-cult, sou cult mesmo.

Forte abraço!

(Marcelo: a internet é livre, você pode criar um blog e falar o que bem entender por lá, nesse aqui quem fala sou eu)

Unknown postou 10 de novembro de 2010 às 08:32

Nossa, eu lembrei quando voltei de Maceió - morava em SC na época - e fizemos escala no Galeão no Rio. Fui comprar algo pra comer, a mulher me atende com uma cara de cu borrado. Tá, nem liguei muito, paguei e fui pegar o pão de queijo, quando no meu lado uma gringa, que provavelmente não sabia falar português, apontava pra nota fiscal e falava ''Capuccino''. Pô, qq anta com meio neurônio funcionando entenderia né. Mas a mulher com cara de Cu borrado fingia que não entendia! AFFF! Sei que eu virei pra ela e falei ''Ela quer um Capuccino, o que vc não tá entendendo aí?'. Por fim a gringa conseguiu ser [mal] servida e ainda me agradeceu. E eu fiquei com vergonha por aquele atendimento horroroso em um aeroporto internacional.

mvsmotta postou 10 de novembro de 2010 às 08:36

Priscila, garota-carioca-suingue-çaingui-báun,

Eu não tenho empreguinho, eu sou sócio de uma empresa que é sediada aqui e não tem como mudar, porque se tivesse, mudaria.

Troco ganhar minha vida decentemente pelo desprazer de morar numa cidade que é detestável 90% do tempo, coisas da vida.

Eu não tenho "platéia" e nem "vassalos", tenho leitores, um dia você conhecerá a diferença, ainda que demande algum estudo.

Todo carioca age como filho de pai feio, já notou? "O Rio está uma merda, mas tem cidade que também está". E daí? O que eu tenho com isso? Problema delas, eu não vivo lá.

Isso não tira os problemas do Rio, que passam longe de vontade política apenas e estão muito também no modo de pensar da sua população. Não é a toa que o estado como um todo perdeu o protagonismo político no cenário nacional durante as últimas décadas.

Mas isso é outra coisa que demanda estudo para entender.

Um abraço!

Unknown postou 10 de novembro de 2010 às 08:37

Realmente, aqueles que argumentaram contra só conseguiram fazer os leitores acharem que os cariocas são um povo dos mais educados. Se não têm argumentos consistentes pra falar, chamar de "paulista de merda", "pseudocult" e outras bobagens parece coisa de gente burra e sem modos

Priscila postou 10 de novembro de 2010 às 08:38

Vou me fazer o favor de fechar essa sua latrina virtual e não voltar nunca mais aqui!

Mas pense nisso: Se você é tão culto como faz força pra parecer que é, porque não abandona seu atual emprego e esta "imunda cidade onde nada presta" e parte pra oportunidades melhores na Europa ou no País das Maravilhas?! Ou será que na vida real você não é esse cara culto e descolado que é na internet?!
Pois é, quem é culto e se garante, se valoriza. E se você acha que a cidade é tão imunda assim, deveria se valorizar procurando seu padrão ideal de vida em outro lugar. A não ser que, você tenha medo de arriscar procurar emprego num lugar que preste serviços melhores, já que o seu deve ser mesmo uma grande MERDA! *hahahahahaha*

MBSantiagoJr. postou 10 de novembro de 2010 às 08:39

:: Não tenho nem o que acrescentar ao post. Sou carioca nascido e criado tendo morado em todas as zonas da cidade por muitos anos em cada. Entendo de Rio de Janeiro.

Estou há 2 anos em São Paulo e digo - QUE DIFERENÇA tanto no atendimento quanto na qualidade; até mesmo do pão de queijo do teatro (Rá!).

Sempre conto do Bar Lagoa pros paulistanos e ninguém acredita.

--xx--

Mas há de se dizer, São Paulo funciona mas a população em muito pouco se diferencia daquela da Cidade Maravilhosa.

Sim, ainda acho o Rio muito mais bonito mas se depender de mim continuo voltando só a lazer mesmo.

Isabel postou 10 de novembro de 2010 às 08:39

Mandou bem na resposta, hein, Marcus! :)
Parece que é crime criticar a cidade onde mora. Reclamar e reivindicar melhorias é preciso, e não há nada de errado nisso. Que os serviços aqui são ruins, isso é fato. Não interessa se há violência ou outros problemas em outras cidades, isso não diminuiu os problemas daqui. Infelizmente, não faltam "Priscilas" e "Marcelos" por aqui, gente mal educada e que não aceita opiniões diferentes.
A propósito: sempre considerei o anexo do Municipal lindo, mas achei graça do seu comentário sobre o "amplo salão bregamente decorado com motivos egípcios", hahahaha.
Beijos

MBSantiagoJr. postou 10 de novembro de 2010 às 08:40

:: Não tenho nem o que acrescentar ao post. Sou carioca nascido e criado tendo morado em todas as zonas da cidade por muitos anos em cada. Entendo de Rio de Janeiro.

Estou há 2 anos em São Paulo e digo - QUE DIFERENÇA tanto no atendimento quanto na qualidade; até mesmo do pão de queijo do teatro (Rá!).

Sempre conto do Bar Lagoa pros paulistanos e ninguém acredita.

--xx--

Mas há de se dizer, São Paulo funciona mas a população em muito pouco se diferencia daquela da Cidade Maravilhosa.

Sim, ainda acho o Rio muito mais bonito mas se depender de mim continuo voltando só a lazer mesmo.

mvsmotta postou 10 de novembro de 2010 às 08:48

Priscila,

Você precisa treinar sua interpretação de texto. Não tenho "empreguinho". Mas mesmo que eu fosse funcionário de uma empresa, isso não desmereceria em nada a minha opinião, porque a pessoa pode ter que ficar onde não gosta por conta do salário, ou você acha que alguns engenheiros da Petrobrás adoram os campos de petróleo na selva da Colômbia?

No entanto muitos deles vivem lá, com certeza ganhando muito mais do que eu e você.

Eu tenho lugares que amo sim e, se Deus quiser, vou morar num deles um dia, mas ainda não é a hora, o que posso fazer?

Só mesmo continuar aqui aturando as mazelas da cidade e alguns de seus habitantes, tão desagradáveis quanto você.

Se quiser voltar à minha "latrina" qualquer dia, fique à vontade, será muito bem vinda, ainda que o conteúdo da sua cabeça se adeque bem mais ao termo do que o meu blog.

Um abraço

Rodrigo Santos postou 10 de novembro de 2010 às 08:49

Não falo é nada.
Eu só to rindo kkkkkk
Minha opinião é que ficou bem escrito :).
No mais... nem quero me meter.
Eu moro em Brasília, tem vários motivos pra falarem mal daqui kkkkk. Por isso fico na minha (h)

Marise postou 10 de novembro de 2010 às 08:49

O que mais me irrita é a cegueira do carioca ufanista!
Já tenho uma certa idade e NUNCA vi o Rio tão abandonado e degradado.Tenho saudade dos bondes e do tempo em que se podia sair com tranquilidade.
Tenho saudade do tempo em que os garçons eram educados e até porque não tinham ( e não tem) nenhum grau de parentesco ou amizade com você, davam o tratamento adequado a qualquer ser minimamente educado: Sra. ou Sr.. Ninguém vinha dizendo: e aí vai querer o que?
O Rio de Janeiro, apesar de toda a beleza natural, é sem dúvida um dos lugares mais hostis que tenho visto, com os serviços precários.
carocas como estes aí que comentaram (Marcelo e Priscila) sem um mínimo de educação e senso de autocrítica, é o que mais se vê no dia-a-dia.Só lamento que sejam cariocas e que estejam aqui, piois eles fazem parte do conjunto de coisas que denigre ainda mais esta cidade!
Ótimo post!

Unknown postou 10 de novembro de 2010 às 08:57

Infelizmente serviços ruins a preços criminosos não é exclusividade do Rio de Janeiro, nem o povo que se acha grande coisa mas no fundo é uma merda. Embora às vezes te ache meio arrogante, adorei a tua resposta aos dois "bravos" defensores do Rio de Janeiro, porque eles tem o direito de discordar de você, mas pra que agredir desse jeito?
Eu nasci em Porto Alegre mas me mudei para o interior já fazem alguns anos. Achava que a vida no interior seria mais "sadia". Ledo engano. O povo aqui tem a mentalidade tão tacanha e retrógrada que nada nesse buraco de fim de mundo vai para a frente. Apesar disso gosto do lugar, é agradável de um modo geral e menos violento que na capital. Mas tem certas coisas que são difíceis de aturar.
Não conheço o Rio de Janeiro e embora aprecie as paisagens mostradas na TV, sei que só se mostra o que é bonito e que TV não tem cheiro. Se o trânsito está caótico e complicado aqui nesta cidadezinha de interior que faz fronteira com Deus-me-livre, imagino como não seja aí, uma capital onde vive muita gente e que é uma cidade espremida entre os morros e o mar.
Você deve ter razão em tudo o que fala e isso não deve ser visto como falta de amor à sua cidade, mas como uma constatação do que é fato e que para ser mudado precisa inicialmente ser aceito.

Abraços

Marise postou 10 de novembro de 2010 às 08:57

Suas respostas são perfeitas! AS pessoas nõa sabem lidar com as divergências de opinião e caem para a baixaria e a agressão.
Muito bem dito:"ainda que o conteúdo da sua cabeça se adeque bem mais ao termo do que o meu blog.".
É isso aí! Os verdadeiros cariocas tem que tocar na ferida pára ver se alguma coisa muda( será?).
Beijos

mvsmotta postou 10 de novembro de 2010 às 09:04

Marise,

Não muda. O Rio de Janeiro já se embrenhou totalmente nessa mentalidade da mixórdia. Aqui favela, funk e desordem são vistas como "patrimônio cultural" e fatos consumados.

Tuka,

Às vezes pareço arrogante, mas sou apenas veemente, isso é fruto da minha pouca paciência com certos conceitos padronizados que as pessoas repetem muitas vezes sem nem saber porque.

Mas tenho muito a aprender, principalmente com quem tem a ensinar e agradeço sua participação diária aqui, que certamente me ensina.

Um abraço!

Haíla postou 10 de novembro de 2010 às 09:33

Não tenho nem mais o que falar. Os que tem um pouco de consciência sabem que beleza não é sinônimo de eficiência. Como já disseram anteriormente, a cidade é linda, tem seus encantos, mas isso não significa que é perfeita. E é bom lembrar que a beleza não é eterna e sem melhorias ela desgasta e fica como está o Rio hoje, sem cuidado, mal cheiroso e perigoso.
Criticar o Rio de Janeiro não é falar que ela é menos que qualquer outra, todas tem seus problemas. Mas dizer que só porque ela tem o título de maravilhosa ninguém pode falar mal é idiotice e pior provavelmente a pessoa vive em uma merda e não enxerga isso. É típico de pessoa que votou na Dilma e no Tiririca, acha que está assim está bom (pão e circo) ou “pior não fica”. Grande erro, críticas são sempre bem-vindas, pois servem para alertar e mudar a consciência das pessoas. Afinal querer ser respeitado e bem tratado é o mínimo que se espera dos prestadores de serviços de qualquer cidade e de qualquer lugar.

Leticia postou 10 de novembro de 2010 às 09:53

Ah, só mais uma coisinha: o Rio já foi a única - ÚNICA - manifestação de finesse que este país já teve. Do Leblon até Vaz Lobo, todo mundo tinha educação e, mesmo na mais contundente crítica, a luva de pelica passava roçando, quase imperceptível. E, pior, o criticado entendia o recado, sem precisar refocilar em linguajares de baixo estrato.

Enfim, o Rio era "A" Corte, com suas filigranas douradas, suas sutilezas de estirpe e ótimo ambiente.

Hoje é essa bacia que se viu aqui.

Emanuele postou 10 de novembro de 2010 às 12:17

Fazer tais considerações em relação ao Rio de Janeiro, acredito que seja por amor, pois não íamos querer mudar algo que não faz diferença em nossa vida, certo?
E dou-lhe razão em absolutamente tudo. Mesmo sabendo que serei apedrejada em praça pública.

A crítica vem de quem concorda com o caos, de pessoas que não sofrem, não temem pela própria vida, nem pelo patrimônio, que diante da barbárie da nossa cidade é o menor dos prejuízos. Ou vem de algum(a) desocupado(a) que afronta só pelo prazer de estar contra alguma coisa.

Sinto muito medo, perdi meu pai em um assalto do qual ele não reagiu. Meu irmão passou pelo pânico de um arrastão da Av. Brasil (estava indo para o show do Guns, aquele dia que não teve, rs), só ñ ficou sem nada porque fugiu a pé e se escondeu.

Recentemente fui a Gramado e a Campos do Jordão, e em Gramado, eu me senti em outro planeta, são muito educados, a cidade é limpa, os turistas são tratados muitíssimo bem e ainda fui alertada por um maitre, quando perguntei por um caixa eletrônico que não tinha perigo de assalto, que poderia ir tranquila. Sou carioca e tenho medo de tudo. Lembrando que voltei de graça para o hotel, com um motorista do restaurante, que foi tão educado que me deu vontade de chorar de emoção kkkkk. "É uma cidade que vive basicamente do turismo", o RJ também tem como carro chefe o turismo, ou não????? Hoje entendo por que um dia quiseram se separar do resto do país... rs.

Sei que a maioria dos cariocas não tem o hábito de reclamar. E por isso me considero uma carioca atípica, afinal, detesto calor, praia no verão nem pensar, carnaval só é bom pelo feriado e não gosto de samba, muito menos de funk. Reclamo sempre que me sinto prejudicada. E reclamo para valer, como se falar não bastasse, afinal palavras 'o vento leva', ainda mando e-mails para onde eu achar o endereço. Nunca me calo. Se tem uma coisa que eu abomino é o abuso.

A propósito, foi bom ter avisado, pois jamais irei no tal Bar Lagoa, possivelmente sairia de lá presa(rs). E esse 'serviço' prestado pelo bar, me fez lembrar das inúmeras vezes em que fui maltratada em algum lugar e fui severamente sincera: "se está insatisfeito(a) com o seu trabalho, pede demissão e arruma outro. O que não pode é tratar as pessoas mal e não trabalhar direito". Eu trabalho com o público e apesar das dificuldades que enfrento, tento fazer o melhor.

Eu nasci no Rj e moro num lugar pouco favorecido (kkkkkkkk) e por motivos de ordem pessoal, consegui trabalhar perto de casa, sou funcionária pública municipal e é triste a realidade de viver 'longe' do que EU considero bom, não é ser besta, é ter bom gosto, mesmo vivendo aqui até agora (uma eternidade...), nunca me deixei levar pelo pouco que me é oferecido, sempre busquei formas de me interar do que eu gosto e realmente me interessa.
E que mal há em ser cult? E que mau há em querer um lugar melhor para viver? Tem algo errado aí! Não é não?

Como aqui é longe pacas de tudo. É raro eu conseguir fazer o que eu tenho vontade. E por exemplo, uma peça de teatro é tarde, como voltar para casa sã e salva? E os arrastões? Noutro dia fiz uma prova na Gávea e na semana seguinte os jornais mostram a notícia de um arrastão durante o dia, ali, muito perto de onde eu estava 7 dias antes.

Vejo nosso direito a liberdade cerceado pela marginalidade, impunidade e omissividade. Dá revolta. E penso todos os dias em ir embora para um lugar melhor. Q pelo menos faça frio... rs

Os problemas das grandes cidades, vão além das 'pessoinhas'. Mas do descaso que elas fazem por merecer. Numa cidade grande, contar com menos um no engarrafamento é sandice, o transporte público nunca vai ter conforto. O que é preciso é a descentralização, mas para tanto, é preciso alguém pedir, exigir, mostrar possível. Quem seria? A população. E onde eles estão????

Ju Whately postou 10 de novembro de 2010 às 13:47

Maravilhoso post, como sempre. Tenho família no Rio, já morei aí e em vários outros lugares do Brasil. Posso confirmar cada palavra que vc disse.

Agora, veja que interessante. A "colega" aí falou que seu texto foi preconceituoso e, em seguida, pergunta se vc é paulista. Então, se não gosta do Rio, automaticamente é paulista... Entendi.

Eu acho uma ousadia a pessoa que cai de paraquedas num blog, lê UM texto e sai falando asneira! Não sabe quem é vc, não sabe de sua competência, não sabe nem que vc é carioca!!! Como entenderia suas críticas com suas pitadas ácidas e seu humor irônico?

Aiai, patético! O maior atestato de burrice que alguém pode dar quando não tem argumentos é a ofensa.

Mais uma vez, parabéns! O Rio precisa de mais cariocas como vc.

Maristela postou 10 de novembro de 2010 às 14:24

Eu fico passada quando ouço alguem falar: "você é filhinho de papai", se a pessoa nasce rica ela OBRIGATORIAMENTE deve incorporar o São Francisco de Assis, doas todos os bens e viver na pobreza?? hahahaha fala sério né??

Visitei o Rio recentemente e concordo com o MBSantiagoJr, é bom só para o lazer mesmo, o povo parece faz questão de ser mal educado, a pizza é péssima, e o preconceito com os paulixxtaxxx me deixou muito triste.

Cara, muda pra São Paulo, leio seu blog a pouco tempo, adoro e fiquei chocada quando descobri que você é carioca. Te garanto, Sampa é o seu lugar.

Maraguary postou 10 de novembro de 2010 às 14:44

XENTEEEMMM!!! Isso aqui pega fogo de vez em quando!!!
Quanto ao texto: Devo ser mega- desligada, pq nunca me senti maltratada por motoristas de taxi no Rio de Janeiro... e raríssimos garçons nessa vida me atenderam mal.. Pra dizer a verdade, só me lembro de um... Quanto a todo o resto do que disseste aqui: concordo, concordo e concordo!

PS.1: ainda espero uma visitinha: http://agoraeuvoudizer.blogspot.com/
PS.2: a esperança é a última que morre, ué! rsss...

Renan postou 10 de novembro de 2010 às 17:27

Concordo, os serviços prestados no Rio de Janeiro são muito ruins, desde o cinema até um barzinho na Lapa, nem parece que estamos pagando por aquele serviço...

Marianne - @missblahnik postou 10 de novembro de 2010 às 17:37

Oie!

Bom, sou essa paulista metida orgulhosa cult e nojentinha exatamente como foi dito aí em cima.

O Marcus é um dos únicos cariocas com quem me dou bem, talvez pelo fato de ser tão paulistano hehe

Digo à vocês que São Paulo é cheia de defeitos, mas eu não consigo entender como é que ousam comparar São Paulo com o Rio. Não dá!

Muitos cariocas são mal educados, preconceituosos e super arrogantes, por uma coisa que não têm!

Só digo uma coisa: quem ama, reconhece as qualidades e os defeitos. Se você me perguntar o que Sampa tem de ruim, te falo agora.

Então, cariocas chatos metidos malandros e mal-educados, pensem duas vezes antes de criticar a VERDADE.

Beijos lindão ;*

Anônimo postou 11 de novembro de 2010 às 18:03

Já sigo seu blog a algum tempo. E me identifico com suas pertinentes postagens. Tudo o que você falou a respeito do Rio é a mais autêntica verdade. Também sou carioca da gema (podre) e não consigo ver nada de bom na tal cidade maravilhosa. Quanto aos serviços então ...
Achei legal sua atitude de aceitar os comentários dos cariocas doídos. Pena que demonstraram além da crítica a falta de classe.

Abraços e parabéns pelo post !

www.silenciandocompalavras.blogspot.com

Rogeria postou 26 de dezembro de 2011 às 16:06

Cheguei noteu blog, pelo blog da Tukinha,minha amiga...
Moro no RJ, baixada fluminense, amo a cidade e suas belezas(ñ aqui na baixada).
Em um encontro de blogueiras no início deste mês falávamos muito sobre a péssima prestação de serviço q temos aqui...
Nosso encontro foi na Colombo, eu sempre passei na porta, e confesso q continuarei passando direto e indo lanchar no MC Donald´s(vão me tacar pedra por isso).Estávamos em 5 adultas,uma criança e um bb de colo,esperamos muuuuito por uma mesa,mesmo a criatura q controla a mesa vendo q o bb já estava irritado.E pra conseguir ser atendida pelo garçon...?Outra novela,demora e nada de um sorriso simpático, nem com os turistas...Não gostei mesmo e pretendo não voltar.
Em um outro encontro de blogueiras tbém, estivemos em um bistrô atrás do CCBB, mas um serviço péssimo,sem contar com as caras de espanto,pois uma das blogueiras estava com um bb tbém.Daí q falei bem alto "engraçado,estão nos atendendo muito mal por causa do bb?" Eles ouviram e mudaram a cara e o serviço,até bateram fotos nossas.
É triste,mas é preciso admitir q o q vc escreveu é verdade...é sempre uma cara feita, uma vontade de passar a perna no cliente,um produto que não presta...infelizmente...Não vou nem falar na Baixada Fluminense,pois o comentário vai virar um post...
Abcs e sucesso!!!

 
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