Malditas elites!

Postado em 26 de nov. de 2010 / Por Marcus Vinicius

Imagine uma cena: alguém está caminhando na rua voltando da praia, está descalço e anda apressadamente porque o chão está quente, de repente o chão fica mais quente ainda e curiosamente mais mole, a pessoa olha pra baixo e constata que atolou o pé num monte de bosta de cachorro.

Muito bem, na cabeça do Brasil "progressista", "humanista" e "gente boa" essa cena tem duas explicações possíveis. Se a pessoa que atolou o pé na m* for um flanelinha que estava tomando conta de carros - leia-se: extorquindo proprietários de veículos - o monte de merda só pode ser de algum cachorro de madame insensível (prepare-se, essa palavra vai aparecer muito neste texto), que mora num prédio chique e acha que as calçadas são banheiros do seu totó que escandalosamente deve ser mais bem tratado do que muita criança pobre e que não liga para o sofrimento do povão, que é obrigado a andar descalço porque não pode comprar um sapato.

Porém, se quem pisou na bosta for uma patricinha moradora de um prédio de "classe média" e ela reclamar, com certeza o cachorro deve ser algum vira-latas de um "menino de rua", que não tem nada na vida além da companhia do doce cachorrinho, e a cena serve pra mostrar como a mocinha é insensível porque acha que o seu "pé da elite" não pode pisar na merda de um cachorro de alguém do "povo" e, claro,  é bem feito que tenha acontecido isso para ela ter noção da realidade.

Pensei nessa historinha no dia em que disse no Twitter que estava acompanhando a passeata de militantes de José Serra durante a campanha eleitoral, e inocentemente me referi a eles como "gente do bem", me aproveitando do slogan da campanha "Serra é do bem". Pra que!? Bastou que eu dissesse isso que logo veio uma "progressista", "humanista" e "gente boa" me repreender: "gente do bem não, gente de bens".

Digamos que só estivessem presentes ali milionários que chegaram de helicóptero - o que obviamente é apenas um exagero meu, mas que fosse - por acaso essas pessoas teriam menos direito de expor suas opiniões e preferências políticas?


Lembro disso também quando ouço qualquer discussão sobre o estado de caos, desordem e violência em que o Rio de Janeiro encontra-se permanentemente afundado. Entre todos os bordões esquerdóides dignos de um vômito como "favela não é problema, é solução", "isso só incomoda quando afeta a elite" ou então "bandidos mesmo são os de gravata", os que mais me enojam são especialmente dois: "quero ver invadir condomínio de rico" e "é bom pra essa classe média insensível ver a realidade".

Acho isso tudo incrível porque quem diz isso deve morar em outro lugar que não o Rio de Janeiro, onde a "realidade" infesta os morros de barracos, as ruas de flanelinhas, camelôs, pivetes, mendigos, uma cidade que se inunda de "realidade" em cada chuva pesada que cai, em cada transporte coletivo medíocre que oferece aos seus habitantes, em cada quilômetro de engarrafamento infernal, enfim, essas pessoas dizem isso como se a tal "realidade" não batesse diariamente à porta das pessoas, independente delas quererem vê-la ou não.

Quem vive no Brasil convive com pobreza, miséria, feiúra, impotência diante de absurdos variados o tempo todo, mas só quem reclama disso são pessoas de "bens".

Aliás, só quem é rico e não é "insensível" na cabeça dessa gente são os traficantes do morro - cheios de dinheiro por conta da venda do pó - esses são "vítimas" da "insensibilidade" (eu avisei que a palavra apareceria ad nauseam) da "classe média" que os esqueceu.

Incrível também que a "elite insensível" seja aquela que pague os impostos mais altos do mundo, taxas imorais, cobranças em cascata, sem receber nada em troca, e ainda assim seja sacudida de cabeça pra baixo de tempos em tempos para "fazer sua parte" e doar mais, mais, mais em "Crianças Esperanças", "Teletons" e outras campanhas do gênero.

Com tudo isso, esta ainda é a parcela da sociedade a quem é negado até mesmo o direito de se indignar, de se expressar, de exigir algum direito.

Pra ser "bom" no Brasil, pelo menos na visão da turma "progressista", que chama ironicamente os que discordam deles de "elite" e "gente cheirosa", você precisa gostar do fedor, da feiúra, de pisar na merda ou pelo menos aturar tudo isso quieto, não esquecendo de pagar a conta, é claro.

Querer remover favelas é "higienismo", combater a mendicância é "eugenia", não ficar satisfeito com a festa da ilegalidade de camelôs, flanelinhas, vans et caterva é ser "contra pobre", pretender que seus impostos vão para algo além de um imenso buraco negro de ineficiência estatal e assistencialismo barato é ser "insensível".

Uma pessoa que queira uma cidade limpa, bonita e livre de pragas urbanas é ruim. Quem gosta (ou finge que gosta) de viver num lixão a céu aberto que mais parece cenário de um daqueles filmes "Mad Max" é bom.

Tem quem defenda tudo, desde que "traficante também tem família pra sustentar" até maconheiros "do bem", e também faveleiros profissionais, pobristas que lucram com a miséria que dizem combater e, claro, políticos que tem um belíssimo curral eleitoral nessas zonas de desordem e ausência de condições reais de dignidade.

E tome urbanização, teleférico, bolsa isso e bolsa aquilo. Tudo claro financiado pelo bolso dos outros.

Progressista que se preza precisa de pobre pra distribuir cupom, de favela - de preferência bem suja e feia - para poder mostrar como admira a "criatividade" que existe naquilo e que por isso é moralmente superior aos outros, de caos urbano para poder requisitar mais uma verbazinha para criar alguma "comissão" para "ordenar" as "atividades" e de preferência terminar criando algum sindicato, tipo de guardadores de automóveis, de camelôs, de vans e até de vendedores de bala em ônibus.

Essa coisa do governo proporcionar às pessoas maneiras delas melhorarem de vida por conta própria, de cidades limpas e bonitas, calçadas livres, isso tudo é coisa de direita.

Com toda essa onda de leis anti "homofobia", "racismo", "xenofobia" e o escambau, bem que poderiam criar uma lei contra a "classe-médio-fobia".

Sabe como é, essa gente branca (ou quase), hetero, trabalhadora, pagadora de impostos, que não recebe nada de ninguém, que não conta com ninguém além de si próprio e que ainda por cima não tem nenhuma ONG que a defenda.

23 Comentários:

Unknown postou 25 de novembro de 2010 às 18:58

Caro Vinícius,

Mais uma vez foi na veia. Estou farto da hipocrisia qu os ricos e pobres ostentam. Tenho uma historinha para reforçar essa sua indignação e como essa onda do politicamente correto está freando a liberdade de expressão, afetando e engessando mentes e corações:

É... Afetou até a culinária.

Uma senhora entra numa confeitaria e pede ao balconista uma torta "Nêga Maluca".

O balconista diz à cliente que usar o nome "nêga maluca", hoje em dia, pode dar cadeia,
DEVIDO A:

- Lei Afonso Arinos;

- Lei Eusébio de Queiroz;

- Artigo Quinto da Constituição;

- Código Penal;

- Código Civil;

- Código do Consumidor;

- Código Comercial;

- Código de Ética;

- Moral e Bons Costumes,

- Além da Lei 'Maria da Penha' ...

- Então, meu filho, como peço essa porcaria de torta?

-Torta Afro-descendente
com distúrbio neuro psiquiátrico.

mvsmotta postou 25 de novembro de 2010 às 19:03

E ainda bem que a nêga não era "homoafetiva"...

MendesFerreira postou 25 de novembro de 2010 às 19:07

É motta, eu sei como é isso. Já tive esse tipo de pensamento. Já fui de extrema esquerda. Só que a "gente" que veio de "baixo" tá acostumado a assistir o lixo que chamam de TV aberta, que insiste em fazer assistencialismo barato e elevar os miseráveis aos céus em busca de IBOPE. O pensamento esquerdista é entrege a nós pela mídia. Eu ainda sou de esquerda, só que um tipo de esquerda que eu tive de inventar, não essa palhaçada que mostram por ai. Essa esquerda "maconheira".

mvsmotta postou 25 de novembro de 2010 às 19:08

Mendes,

Na verdade nem sempre é "maconheira", mas parece estar "emaconhada" o tempo todo.

Abs!

Anônimo postou 25 de novembro de 2010 às 19:12

E você meu querido, parece ter "classe-baixo-fobia. Fala isso por que deve ser um filhinho de papai que nunca colocou os pés em uma comunidade. Viva a realidade do Brasileiro que pega trem lotado as 5 da manhã e chega em casa as 22 abaixo de tiro, e aí vc vai ver realmente como é. enquanto vc não tiver essa experiencia, tudo o que vc falar não vai servir de nada, por vc vai dar a sua opinião sobre coisas que vc nem conhece de verdade, que vc nunca viveu. Fala que pobre julga rico, mas nunca se colocou na pele daquele que ganha R$ 510 por mes e sustenta 4 dentro de casa. Hipocrita.

mvsmotta postou 25 de novembro de 2010 às 19:30

Eu ia recusar o amontoado de imbecilidades acima, mas deixei passar este - e só este será o sortudo - para que as pessoas entendam bem do que eu falo.

Viram? Pra poder falar alguma coisa é preciso ganhar no máximo R$ 510,00 por mês, ter 4 filhos e andar de trem.

Qualquer pessoa que não viva ou tenha vivido essa realidade é automaticamente um idiota que não tem direito a emitir opiniões e, caso o faça, com certeza será algo indigno de ser levado em consideração, afinal, nada que venha de um "filhinho de papai que nunca colocou os pés em uma comunidade" presta, com exceção é claro do dinheiro que ele paga em impostos.

Está aí, nem demorou muito para aparecer uma figura dessas.

(Ah sim, é valente mas posta como anônimo)

Abraços a todos

Christiano Dortas postou 25 de novembro de 2010 às 21:36

Marcus, entendo a sua colocação e indignação, mas a elite não é impedida de expor a sua opinião e indignação. Muito pelo contrário, tem muito mais facilidades que a classe pobre. Outra coisa, se a elite paga impostos que não deveria pagar é porque não faz nada para mudar e, por não estar em situação ruim, aceita muita coisa. As duas classes tem culpa do que acontece com elas, pois aceitam e se acomodam na situação que se encontram. PAZ! Abs, Christiano Dortas

Isabel postou 26 de novembro de 2010 às 06:03

Hahahahahahaha!! Nada como certos comentários para reforçarem seus textos! São tão estúpidos que nem percebem como endossam cada palavra sua!
beijos

mvsmotta postou 26 de novembro de 2010 às 06:13

Christiano,

A elite que você fala que tem voz é a de mega-empresários que tem acesso ao governo, de donos de jornais, enfim, de gente que aí sim, anda de helicóptero e passa os finais de semana bem longe do Patropi, essa pode até ter voz (porque tem dinheiro), mas a pobre da "classe média", essa não pode nem reclamar de nada.

Abs

Maristela postou 26 de novembro de 2010 às 06:30

posso viver uns 1000 anos e não conseguirei entender PORQUE uma pessoa q ganha 510,00 arruma mulher e filhos pra sustentar...será q daqui uns 1000 anos o discovery channel fará documentários sobre nossos costumes atuais e conseguirão responder essa pergunta??

Isabel postou 26 de novembro de 2010 às 06:32

Entendo o que o Cristiano diz, mas discordo! Eu, como representante da classe média, faço o que está dentro do meu alcance, como escrever para jornais, me informar e procurar votar conforme a minha consciência, conversar com outras pessoas e tentar passar minhas idéias, escrever e opinar na internet e muitas outras coisas. Mas o meu poder para por aí. Posso me indignar, mas não posso deixar de pagar meus impostos. Posso criticar a carga tributária do Brasil, a classe média pode tentar uma mobilização, mas não é tão fácil assim, se fosse já teríamos revertido boa parte dos nossos problemas. É como o Marcus disse acima: somos parte de uma elite, mas não somo "a" elite, aquela que tem influência política e econômica. Se não passamos fome e temos dinheiro para pagar plano de saúde e escola particular para nossos filhos, não quer dizer que isso não signifique sacrifício e aperto. Trabalhamos muito, pagamos muito e temos muito pouco de retorno, isso é fato!
beijos

Karina Giro postou 26 de novembro de 2010 às 06:39

Pra ser sincera, sempre acho que você é muito extremista, em todos os assuntos, mas te acompanho no twitter justamente pela sinceridade de suas palavras. E mais, dou a maior força para que continue a expor suas opiniões (tanto que acabei de mandar um e-mail com seu texto para alguns amigos não tuiteiros, incluindo sua autoria, lógico). Se for montar a ONG, posso fazer parte, mediante uma boa remuneração, é claro.
Abraços

Anônimo postou 26 de novembro de 2010 às 06:44

Engraçado essa do "gente de bens", sendo que o movimento cara-pintada não tinha um gato pingado representante da negritude nas ruas e a maioria era tudo gente branca, em 68 contava-se nos dedos quem era "de cor" que aparecia nas passeatas, a maioria era universiotáriozinho rico. Em 2007, quando fizeram em são paulo uma passeata anti-lula que não deu muito certo, vieram logo criticar "só tem branco", mas na hora dos protestos deles só tem riquinho metido a revolucionário.

Anônimo postou 26 de novembro de 2010 às 06:47

eu penso muito nisso. e a minha conclusão é de que é fácil, sim, ser pobre neste país.

vou listar alguns fatos:

*livro didático: pense em como é fácil ganhar 7,8,9 livros no início de cada ano, para usar como achar que deve. no final do ano, qual o estado dos livros? DESTRUÍDOS. lógico, neguinho nunca pagou 80 reais num livro, nem faz ideia do que tem na mão. e quando sabe, vai pro sebo e vende a 5 reais cada um. o mesmo estende-se para material escolar e uniformes.

*bolsa-família: preciso comentar?

*SUS: em cidades um pouco mais organizadas, funciona. sim, funciona. alegria do povo ir embora do posto de saúde ou do hospital com a bolsa lotada de remedinhos. e de graça!

*impostos: que imposto? como assim? SPC? SERASA? isso existe? pobre não tem dívida, tem perdão. e se não tem perdão, perdoa-se a si mesmo redundantemente.

*conta de água? conta de luz? GATO! viva o gato! e ai da companhia que desligar!

e é lógico que há excessões, mas não tou falando de minorias, e sim de maiorias. triste realidade.

Cetnik do Smrti postou 26 de novembro de 2010 às 07:29

Post perfeito.

Cansei desse socialismo moreno tupiniquim que nunca deu certo.

A classe média é a que mais sofre por razões óbvias:

Ricos quando vão a praia vão para Riviera Francesa e quando tem que passear pelo "maravilhoso" Rio de Janeiro vão em seus helicópteros ou carros cercados de seguranças.

A classe média é que se ferra no meio dessa violência, desordem e esse "jeitinho" carioca de se ferrar e ainda fazer piada.

Pagamos altíssimos impostos e IPTUs pra que? Não podermos nem sair de nossas casas? Nossos filhos correrem risco de entrarem para as tristes estatístiscas?

Quando morre um bandido, que muitos tem por uma encarnação Tupiniquim de "Robin Hood" (já reparou que as versões tupiniquins que qq coisa são uma merda?) descem os beneficiários das Bolsas Pó, Cachaça, Vagabundagem e etc e começam os quebra-quebras, incêndios e todo tipo de agressão contra pais de família e trabalhadores.

No meio disso tudo sofre mesmo o pobre honesto que "mata uma leão por dia" pra educar e alimentar seus filhos, o verdadeiro esmagado por várias políticas incompetentes de habitação e empregos, eterno refém da bandidagem e dos puxa saco de vagabundos.


Tem que limpar essa cidade da escória custe o que custar. Que morram 1000, 10.000, 100.000 (bandidos, vagabundos de carteirinha e políticos corruptos) mas uma hora isso tem que acabar!

Suzana postou 26 de novembro de 2010 às 07:44

Como sempre, idéias bem colocadas.

Acho que "favela" virou um termo que generaliza muito as coisas aqui no Rio. Todos sabem que tem pessoas de bem morando lá, que só querem viver em paz. Eu sou contra os traficantes e os "acomodados" que vivem nessas favelas.

Por "acomodados", entenda-se aquelas pessoas que recebem o pacote completo do bolsa-esmola, tem felinos de todos os tipos em casa, e acham que tem que fazer mais filhos ao invés de procurar um emprego.

Eu também ainda tento entender como alguém que ganha um salário mínimo dana a ter mulher e fazer filhos, se sabe que as coisas só tendem a ficarem mais caras, e o orçamento a apertar sempre mais.

Já que os ditos "caridosos" das "elites" gostam tanto de distribuir coisas nas comunidades carentes, que passem a distribuir também mais aulas sobre planejamento familiar, educação sexual e planejamento financeiro.

Como diz a minha mãe, tinha que fazer que nem o Maluf. Derrubar tudo, construir prédios e cobrar aluguel e pagamento de contas.

PS.: Muito me entristeceu essa de "traficante também sustenta família", que li no twitter de um integrante do AfroReggae (?). Como proceder para defender a NOSSA família desse pai trabalhador, "vítima da sociedade"? Temos que abaixar a cabeça e ficar à mercê dessa violência desmedida, para sobreviver numa cidade na qual saímos sem saber se voltaremos bem para casa? Chega de direitos humanos exagerados para esses bandidos, na minha opinião, bandidos que nem esses zé-merdas não podem gozar do título de "ser humano".

Anônimo postou 26 de novembro de 2010 às 08:47

Acho que sua postagem como sempre é super pertinente e os comentários super apropriados (os anônimos, são anônimos). Me pergunto onde nós iremos parar com esse assistencialismo todo ? Essa babozeira de ajudar o próximo enquanto o coitadinho fica esperando cair do céu (nosso bolso)a ajuda para sustentar os quatro, dez, filhos. Estamos sendo massacrados já que a elite sonega tudo e o pobre não tem, tadinho ... Quem fica com o abacaxi ? Nós classe média (média mesmo) Que paga imposto, está sempre com suas dívidas em dia, trabalha e luta para ter as coisas e não tem escola, saúde, ruas dignas de se dirigir, segurança e blá, blá, blá ...

Só tenho uma coisa a dizer : O Brasil é uma merda o Rio de Janeiro é outra e assim que eu puder estarei muuuuuuito longe daqui ...

Desculpa, me empolguei ...


Abraços

Luiz Fernando postou 26 de novembro de 2010 às 10:05

Malditos elitistas.

Se matam de trabalhar, são eles que pagam a maioria dos impostos que sustentam a máquina pública de mistificações e assistencialismo barato dos miseráveis espalhados pelo país e mesmo assim não tem direito a reclamar de nada(porque são da elite).

Malditos, malditos, malditos.

Marise postou 26 de novembro de 2010 às 10:24

A Isabel tem razão!
Alguns comentários aqui só reforçam o que já foi dito e o que tudo que já sabemos.
Parabéns pelo texto.Mais uma vez colocando a mais pura realidade diante de quem quiser enxergar e pensar um pouco.
Bjs

Anônimo postou 26 de novembro de 2010 às 11:42

Bom comentário! A verdade sufocada na garganta dos "zélite" do baderneiro-vigarista-mor! Zélite quer dizer: cidadão honesto, que trabalha na iniciativa privada, que paga impostos, que arca com seus custos de escola, saúde e moradia sem depender da esmola federal, que é obrigado a estudar muito para, talvez, conseguir uma vaga em universidade (muitas vezes pé-de-chinelo), que quer ter opinião própria, que não se diz "di isquerda" cheio do orgulho boçal superior de quem "sabe das coisas", que luta e acredita num amanhã melhor e que PRINCIPALMENTE, não acredita no conto do vigário do "esse é um país que vai pra frente". (engraçado! Já vi isso acontecer antes em algum país da América latrina...qual será?).Não tem nada de reacionário no seu texto. "Reacionário" é aquele sujeitinho sujo, que não gosta de banho nem de trabalhar, mas que se diz "blogueiro pogreçista"...

Christiano Dortas postou 29 de novembro de 2010 às 21:53

Isabel, que bom que usa o seu poder passando as suas ideias e é pró-ativa! Na minha opinião, você faz o que deve ser feito por todos. Mas acontece que a maior parte da classe média não se esforça para interferir em muitas coisas. Se acomoda em sua vida "equilibrada", em sua família e se o resto está ruim que se dane. Da mesma forma agem os favelados e os pobres, se acomodam em suas situações e do que recebem do governo.

Como a Suzana escreveu, acredito que a melhor "caridade" que podemos fazer é passar conhecimento, e ela citou 3 coisas importantíssimas.
Sem religiosidade, mas essa frase faz muito sentido: "Não dar o peixe, mas ensinar a pescar".

É muito fácil criticarmos a classe pobre, que não teve as mesmas oportunidades de aprendizado que nós e, além disso, não são ensinadas a buscar informações. Também tenho muitas críticas à classe de baixa renda, mas procuro entender o lado dela também. Tenho uma boa noção de como uma boa educação, amor, apoio familiar, respeito, fazem diferença em um ser humano.

Sobre direitos humanos para bandidos... Não existem direitos humanos para muitos deles desde que nasceram, assim como para outros que vivem na miséria e não seguiram por esse caminho. Possivelmente, muitos não seguiram por medo. Talvez o que haja para eles seja direito de vida, mas não humanos. Ou alguém acha que eles vivem bem com essa situação?

Também acho muito interessante o que o Marcus escreve, embora o considere muito radical em alguns pontos. E sendo inteligente, como parece ser, ele deve saber disso. Também tenho uma tendência a ser radical, mas acho que devemos buscar o equilíbrio. E é isso que tento exercitar.

Abraço em todos,
Christiano Dortas
www.christianodortas.com.br

Christiano Dortas postou 29 de novembro de 2010 às 21:57

Isabel, que bom que usa o seu poder passando as suas ideias e é pró-ativa! Na minha opinião, você faz o que deve ser feito por todos. Mas acontece que a maior parte da classe média não se esforça para interferir em muitas coisas. Se acomoda em sua vida "equilibrada", em sua família e se o resto está ruim que se dane. Da mesma forma agem os favelados e os pobres, se acomodam em suas situações e do que recebem do governo.

Como a Suzana escreveu, acredito que a melhor "caridade" que podemos fazer é passar conhecimento e ela citou 3 coisas importantíssimas.
Sem religiosidade, mas essa frase faz muito sentido: "Não dar o peixe, mas ensinar a pescar".

É muito fácil criticarmos a classe pobre que não teve a mesmas oportunidades de aprendizado que alguns de nós e, além disso, não são ensinadas a buscar informações. Também tenho muitas críticas à classe de baixa renda, mas procuro entender o lado dela também. Tenho uma boa noção de como uma boa educação, amor, apoio familiar, respeito, fazem diferença em um ser humano. (CONTINUA)...

Christiano Dortas postou 29 de novembro de 2010 às 22:04

Sobre direitos humanos para bandidos... Não existem direitos humanos para eles desde que nasceram, assim como para outros que vivem na miséria e não seguiram por esse caminho. Possivelmente, muitos não seguiram por medo. Talvez o que haja para eles seja direito de vida, mas não humanos. Ou alguém acha que eles vivem bem com essa situação?

Marcus, com todo o respeito... Também acho muito interessante muitas coisas que escreve, embora o considere muito radical em alguns pontos. E sendo inteligente, como parece ser, deve saber disso. Também tenho uma tendência a ser radical, mas acho que devemos buscar o equilíbrio. Claro que nem sempre consigo, mas é isso que tento exercitar.

Abraço em todos,
Christiano Dortas
www.christianodortas.com.br

 
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