Porque as pessoas deveriam usar o bafômetro antes de pegar num celular

Postado em 8 de jul. de 2011 / Por Marcus Vinicius

Se não permitem que você beba e dirija, não sei porque não extendem essa proibição ao celular. Sério, por mim as operadoras deveriam exigir teste de bafômetro depois da meia-noite, para evitar ligações bêbadas no meio da madrugada.

Digo isso porque a bebedeira cria tipos diferentes de pessoas. Tem o bêbado que enche a cara, dorme e não aporrinha o saco de ninguém, tem aquele bêbado que vira amigo de todo mundo, quer abraçar, dizer o quanto gosta da pessoa.

Outros preferem resolver falar "verdades", chamam o patrão de pão-duro, a esposa de mocréia. Tem aquele cara que dá em cima até das mulheres dos amigos, da noiva em plena festa de casamento ou então a garota que transforma a mesa do baile de debutantes num queijo de boate de striptease e passa o resto do ano em ressaca moral.

Tem o que bebe e e vira lutador de vale-tudo, Drag Queen, e até aqueles que ficam ricos e resolvem estourar o limite de todos os cartões, enfim, não faltam tipos de bêbados.

Mas um dos tipos mais tragicamente cômicos é o bêbado telefônico. Aquele ex-namorado(a) que no meio da madrugada, entre a vigésima dose de tequila e o décimo quinto RedBull resolve pegar o celular e ligar para o antigo amor e abrir o coração.

Um monte de gente pensa que é legal telefonar para alguém às 4:30 da manhã para dizer que foi um burro por ter terminado tudo, que não deveria ter transado com a prima dela, que aquele caso com o patrão foi só um deslize ou então para discutir assuntos do tempo em que ainda eram um casal.

Duas coisas são mais afrodisíacas do que ostras e essência de canela juntas: cheiro de andada de fila e uma madrugada sem pegar ninguém.


Aí você lembra da ex-noiva que foi para a Austrália depois de você abandoná-la em pleno altar, do namorado que terminou contigo porque você pegou o irmão gêmeo dele ou simplesmente querendo desfazer pequenos desentendidos:

- Alô.

- Juliana?

- Quem é?

- É o Pedro!

- Pedro? Que Pedro?

- Pedro, seu namorado, lembra? Eu te pedi um tempo pra pensar na relação...

- Porra, isso tem dois anos, você sumiu, eu  já até casei e você acabou de acordar o bebê me ligando uma hora dessas.

Ou então algo como:

- Felipe? Tudo bem? É a Marina. (chorando)

- Marina? O que houve? Porque você está chorando?

- Ah, Lipe, eu tô mal cara, sério...você tava dormindo?

- Pô, Marina, às 3 da madrugada de uma terça-feira é lógico que eu estava dormindo.

- Ah, desculpa, mas eu preciso de ajuda, senão não te ligaria.

- Porque você não pede ajuda pro merda do seu atual namorado?

- Porque ele tá bêbado desmaiado aqui e nisso só você pode me ajudar.

- É algum acidente?  Alguma emergência? Diz logo o que é.

- Me devolve aquele CD do U2 que eu te dei quando a gente fez um mês de namoro? Cara, eu adoro aquele CD...

Por isso mesmo, se beber, não dirija e nem use o telefone.

5 Comentários:

Alicivânia Vasconcelos postou 8 de julho de 2011 às 11:44

shuahauas :)
Muito bom , adorei!

Alicivânia Vasconcelos postou 8 de julho de 2011 às 11:44

Muito bom ,adorei !

Luiz Fernando postou 8 de julho de 2011 às 13:06

Pior do que fazer essas ligações, só a ressaca do dia seguinte acompanhada da "ex", telefonando pra te dar um esporro.

Anônimo postou 8 de julho de 2011 às 13:18

Adorei

Fernanda Lizardo postou 27 de julho de 2011 às 05:55

"Duas coisas são mais afrodisíacas do que ostras e essência de canela juntas: cheiro de andada de fila e uma madrugada sem pegar ninguém."
Ha, ha, ha Sensacional!
Esse lance da fila que andou é dureza mesmo. E parece que os sujeitos adivinham - e sempre aparecem aos bandos, como uma matilha. Dá até para desconfiar que ficam se comunicando para atacar de uma vez só. E aí haja paciência para aguentar os telefonemas fora de hora.
Abração!

 
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