Ler dá sono

Postado em 28 de abr. de 2010 / Por Marcus Vinicius

Em Fevereiro deste ano, Zuenir Ventura escreveu um artigo que me agradou tanto que guardei numa pasta de recortes que coleciono (sim, tenho essa mania de velho).

Ele falava sobre como nossas escolas abdicaram da tarefa de formar leitores para, com sua imposição aos alunos de livros densos demais ou datados demais, formar pessoas que simplesmente odeiam livros, que preferem resumos só "pra fazer a prova" e dessa forma se afastam cada vez mais da educação e cultura.

Num país onde o presidente diz sem nenhuma vergonha que "lê pouco porque dá sono" e que "prefere ver novelas na televisão", não é de se espantar que a indigência cultural seja essa nuvem de gafanhotos que temos, mas o que será que é feito para estimular a leitura?

Ontem eu estava no MSN e uma conhecida que está se preparando para outro vestibular e veio me pedir um bom resumo de "O Triste Fim de Policarpo Quaresma", porque ela simplesmente não conseguia ler três páginas seguidas sem querer marcar um tratamento de canal com o seu dentista para se "divertir mais".

E isso acontece com todos nós em algum ponto da vida. "Memórias Póstumas de Brás Cubas", "Iracema", "Memórias de um Sargento de Milícias", "O Ateneu", "O Cortiço", entre outros, pulam de repente na nossa frente trazendo consigo um prazo: uma semana até a prova.

Ficamos meio atônitos e chocados, porque nem em um ano conseguiríamos a força de vontade suficiente para ler aquelas páginas abafadas e que tão pouco tem a ver com nosso cotidiano.

Não estou aqui questionando (e nem mesmo defendendo) o valor literário de tais obras, isso vai da opinião de cada um. O que questiono é se esses livros são realmente os mais adequados para criar num jovem o hábito e, principalmente, o amor pela leitura.

Numa época em que temos disponíveis TV a Cabo, internet de banda larga, You Tube, Twitter, Orkut, cinema em 3D, tantos recursos audiovisuais, é quase impossível fazer alguém gostar dos bons e velhos livros se o que as escolas oferecem como porta de entrada para a literatura são obras com linguagem e ambientação tão pouco atuais quanto "Senhora", por exemplo, que tem trechos assim: "Os olhos grandes e rasgados, Deus não os aveludaria com a mais inefável ternura, se os destinasse para vibrar chispas de escárnio. Para que a perfeição estatuária do talhe de sílfide, se em vez de arfar ao suave influxo do amor, ele devia ser agitado pelos assomos do desprezo?"

Lembro bem quando precisei fazer uma prova sobre "O Alienista", da força de vontade necessária para não me matar engolindo as páginas do livro e olha que nem é um livro tão grande.

Mas a questão maior é: porque não começar por onde os jovens encontrariam eco do que vivem naquelas páginas?

Temos como bem disse Zuenir Ventura em seu artigo, Fernando Sabino, Rubem Braga. Mas vou mais adiante e cito Nelson Rodrigues (porque não?), Rubem Fonseca, Lívia Garcia-Roza, João Ubaldo Ribeiro, são tantos, com temas e estilos atuais, que "prenderão" os jovens à leitura com argumentos muito mais construtivos do que "senão vai tirar um zero na prova".

Muito se fala no "prazer da leitura", mas seria desejável que esse tal prazer fosse ensinado aos que nele iniciam com algo diferente de uma sessão de torturas. Talvez assim todos descobrissem que livros servem para a vida toda e não pra "passar de ano".

Os anos passam, a educação fica.

21 Comentários:

Unknown postou 28 de abril de 2010 às 09:27

Hummm...
não concordo mto...esses clássicos, pra mim são obras maravilhosas que eu li por vontade própria, nem cheguei a fazer prova sobre a maioria!
Machado de Assis é um dos meus autores preferidos, suas obras tem poesia e detalhes que te fazem viajar na imaginação, muito mais que alguns filmes!
Eu acredito que eses livros devem sim ser lidos, são obras que te fazem conhecer um pouco daquela época, e ainda ajuda mto um adolescente em formação a ampliar seu vocabulário e a formular melhor os textos que escrevem.
Acredito que o problema esteja na forma com que a leitura é imposta aos estudantes e não nos livros.
Acho importante que a leitura seja estimulada desde criancinha, como uma forma de lazer e não uma obrigação!
Abraços

SukaTsu postou 28 de abril de 2010 às 09:42

Sou da teoria de que é de pequenino que se torce o pepino, até porque é quando ele se deixa torcer...
Meu filho tem 19 anos e cursa Jornalismo na FATEA/Lorena - SP.
Não é um leitor voraz, mas lê bastante.
Acredito que cultivei nele o hábito da leitura porque desde pequeno quando me deitava com ele, ia sempre acompanhada de um livro ou mesmo de um gibi.
Era um momento muito importante porque era o único tempinho "só nosso" porque meu emprego me impedia de passar muitas horas com ele.
Isso não fez de meu filho um fã da literatura acadêmica sugerida pelas escolas, mas fez dele um leitor regular.
Eu sou rata de biblioteca desde que me entendo por gente, mas fui criada cercada por livros.
Em resumo: o importante é despertar o gosto e o hábito de leitura, seja qual for o instrumento.
Eu comecei com gibis e livros infantis e não me arrependo. Foi o instrumento que levou meu filho ao prazer da leitura.

Laís postou 28 de abril de 2010 às 09:47

Concordo plenamente... O primeiro livro que eu li foi ''A Ilha Perdida'' da Coleção Vagalume, kkk
Minha mãe me deu e disse que foi um dos primeiros que tinha lido também e que adorou... A verdade é que eu não terminei de ler esse até hoje, mas comecei e terminei muitos outros graças à ele.

fragajuliana postou 28 de abril de 2010 às 09:48

Esses livros realmente assustam os alunos.Sou professora de Literatura e procuro sempre passar releituras dos clássicos, o que torna a literatura um pouco mais agradável para eles.Peço sugestões,atendo a algumas,mas nem sempre é possível adotar os livros que eles acham "legais".Recebi um abaixo-assinado pedindo que fosse passado durante os quatro bimestres a saga de livros do "Crepúsculo".Já recebi pedidos para Harry Potter.Mas nunca recebi nenhum pedido de um livro nacional.O vestibular exige clássicos e enquanto for assim, teremos que continuar pedindo "Senhora","Luciola","O cortiço"...

Aline postou 28 de abril de 2010 às 09:53

Eu concordo. Acho que deve haver uma preparação bem maior para a leitura dos clássicos. Não sou grande fã de clássicos, mas como estudante de Letras tenho de ler todos. Admito que prefiro a literatura contemporânea, ainda assim, não sendo grande fã, leio os clássicos numa boa, porque tenho preparação para isso e sei da importência deles na literatura. Uma criança deve ler livros voltados para crianças. Um adolescente, livros para adolescentes. Muitos desprazeres da vida adulta são causados pela obrigatoriadade na infância, e o desprazer pela leitura talvez seja o maior deles.
Trabalho numa bilioteca e outro dia uma aluna mãe veio procurando um livro para a filha de 12 anos. Queria um clássico, como esses citados no seu texto. Eu disse que ela estava louca (até me arrependi de ter sido tão efusiva), e que ela acabaria com o gosto pela leitura da filha. Recomendei umas adaptações infanto-juvenis de clássicos, como Ilíada, Romeu e Julieta. Resultado: a menina adorou e toda semana a mãe, agradecida pela minha ajuda, vem em busca de um ou dois livros para ela.
A culpa é de quem? Pais mal informados, professores mal formados. Cabeças que já foram crianças e adolescentes, mas que, passada a fase, já não se lembram de como pensam eles.

Acho que é isso.

Marise postou 28 de abril de 2010 às 10:54

Fui professora primária(pela nomenclatura, viram que já se vão muitos anos)e durante a minha passagem pelo magistério , me dediquei à alfabetização.Não me perguntem os motivos, mas eu amava meu trabalho.
Bem, durante o processo de alfabetização já podemos fazer com que a criança perceba que a leitura de textos mais longos e livros, num período posterior serão necessários.Este é um ponto.
O outro ponto, é fazer com que a criança veja a leitura de forma lúdica, sem mostrar que no futuro, isto será um peso na sua vida acadêmica.
Existem muitas formas de fazer isso, e quem já passou pelo magistértio sabe do que eu falo.
O problema é que a maioria da população escutou dizer que livros são caros e que pobre não pode ler.
Ninguém faz menção às bibliotecas itinerantes e às públicas.Tampouco se fala nas iniciativas como a do Metrô Rio que empresta livros ( nem sei se este serviço ainda funciona).
É muito mais fácil a gente ver pais gastando R$ 250,00 em um ingresso,para ver um show de uma venezuelana( eu acho que é esta a nacionalidade) chamada Iza TKM, do que ver estes mesmos pais , com a mesma paciência levando os filhos à bienal do Livro, aos círculos de incentivo à leitura, ou simplemente , aos espaços infantis que muitas livrarias tem.
Em relação aos títulos citados, li sim, no período escolar com certa dificuldade, mas passado o "temor " das provas, os reli com muita alegria e admiração, e vai aqui minha homenagem ao meu predileto: Machado de Asssis.
Beijos

Isabel postou 28 de abril de 2010 às 11:01

Eu li essa matéria do Zuenir e concordo 100%. Quando criança eu odiava ler, justamente porque os livros que me eram impostos na escola eram "O Cortiço", "Senhora" e mais uma leva terrível do Jorge Amado, como "A morte e a morte de Quincas Berro D'Água" (de fato, a morte pra mim, rss). Não sou contra os clássico (Machado de Assis é uma ótima leitura), mas acho que José de Alencar e companhia são leituras muito difíceis (vide o trecho que vc colocou no post) e com uma linguagem muito diferente e distante da nossa realidade. Por isso, acabam se tornando chatos e entediantes para os jovens que estão se iniciando na leitura (na verdade, acho que em nenhuma fase da minha vida vou gostar de ler isso, rss).
Beijos

@twittuka postou 28 de abril de 2010 às 11:16

Bah!!! A primeira vez que uma professora sugeriu uma leitura para uma prova, o livro foi "Olhai os lírios do campo" de Érico Veríssimo. Meu pai que me perdoe, mas nunca consegui ler tal livro. E olha que sempre gostei muito de ler, mas preferia autores como os citados aqui: Fernando Sabino, Rubem Braga, Rubem Fonseca, e o filho do èrico, Luis Fernando Veríssimo. Além de muitos outros. Anos mais tarde repeti essa insanidade, dando ao meu filho (que ama ler e está cursando história) o Livro O Guarani, de José de Alencar. O guri desistiu da leitura na primeira página. As obras podem ser excelentes, mas a linguagem usada não ajuda, é cansativa e realmente dá sono.

Anônimo postou 28 de abril de 2010 às 12:03

eu fiz uma técnica que deu super certo: peguei vários livros que eu adoro ou considero provocativos, levei à sala de aula e fiz uma aula que chamo de 'conversas literárias'. expliquei do que se tratava cada livro, de forma provocativa. n'o cortiço, ressaltei a questão do naturalismo, da época em que a individualidade era mais forte que a coletividade,e como este fator impulsiona o romance do gajo com a lavadeira.

enquanto educadora, sou contra a leitura obrigatória. sei que o sistema pensa de forma diferente, mas sou absolutamente contra. afinal, tem coisa mais chata do que ler por obrigatoriedade? é broxante!

estimulo meus alunos a lerem de tudo. aos mais velhos, aconselho a começar por revistas, inclusive as eróticas. é treino! vale tudo!

e pra quem gosta de sacanagem, tem coisa mais erótica que anais nin, ou nelson rodrigues? tá valendo! depois de se criar o hábito, outras leituras surgirão, porque as pessoas acabam percebendo o quanto é gostoso e fantástico absorver-se num livro.

Unknown postou 28 de abril de 2010 às 12:04

Há um tempo estou querendo comentar aqui neste blog, que acho incrivel, mas que por pura falta de tempo, não tive a oportunidade. Estou muito focado no Literatura Exposta, e minhas outras atividades também me desviaram um poco da leitura. Mas, enfim, cheguei. E com um texto fabuloso.

O que eu julgo estar em jogo aqui não é o prazer pela leitura, mas a obrigatoriedade de fazer os jovens lerem um texto em linguagem rebuscada, que não relfetem sua propria realidade, o que por si só já é uma dificuldade, para que este jovem possa ser aprovado na escola. É ignorância isso, e afasta cada vez mais talentos da literatura. Tem gente que cria aversão à leitura porque simplesmente o professor exigiu que ele lesse um texto incompreensível para ele naquele momento. Isso gera traumas, e traumas levam a bloqueios. Enfim, são textos ótimos os classicos, mas não pra quem tá conhecendo agora a literatura. Senso é muito bom nessas horas, e as pessoas estão perdendo-o. E perdemos gerações nessa brincadeira.

Parabéns, moço1 vc tem um raciocínio muito interessante. Tome esse elogio como um incentivo para que vc cresça cada dia mais. E não deixe de ler e comentar o Literatura Exposta, www.literaturaexposta.blogspot.com // Aguardo sua visita!! Grande abraço!!!

LH postou 28 de abril de 2010 às 12:04

Concordo. Os livros podem até ter valor histórico/literário, mas isso não obrigatoriamente cria hábito de leitura numa pessoa. Falo por mim mesmo: quando fui para o ginásio (olha a idade!), o primeiro livro que tive que ler foi justamente O Guarani, de José de Alencar. Ô livro que não acabava! Quanto mais eu lia, parecia que mais livro sobrava, e no fim das contas eu peguei nojo da história toda. Terminei perguntando como é que "aquilo" tinha virado um clássico.

E assim foi até o fim do colegial. Só não perdi o hábito de leitura porque eu já o tinha adquirido, ainda na infância, com obras de Monteiro Lobato e outros autores. Ler pra mim era e é um prazer - então, apesar de alguns obstáculos, nunca deixei a prática.

Mas pra um adolescente que não tem muito amor à leitura, jogar logo de cara textos datados acaba sim sendo desanimador. Tanto que de toda essa época, lembro que o único livro que a classe inteira gostou foi "A Moreninha". Justamente porque era a que mais se aproximava de uma leitura atual, com trama e diálogos mais conectados com a galera, se é que podemos dizer isso.

Além do mais: ninguém começa a gostar de música ouvindo de cara uma sinfonia clássica. As primeiras músicas - que despertam o prazer da coisa - são justamente coisas leves, infantis, adequadas. Por que com leitura tem que ser o contrário?

luapitanga postou 28 de abril de 2010 às 12:06

Acredito que a casos e casos. No meu por exemplo, eu sempre gostei de ler livros clássicos a exceção de Nelson Rodrigues. Leio por prazer, e normalmente eu fechava todas as provas de literatura.Fico do lado de que o computador ele deixou preguiçoso nossa mente, afinal pensar para que, se outros já pensaram por mim.

Parabéns pelo texto. Gosto do seu estilo de escrever.

Beijos @luapitanga.

Reh C. postou 28 de abril de 2010 às 12:08

Concordo com você em alguns pontos, os clássicos da literatura eu vejo mais como uma forma de ver e entender a estrutura histórica da literatura, porém acredito que nas escolas é muito difícil introduzir uma leitura (na minha opinião)tão confusa a adolescentes que na maior parte não gostam ou nunca leram um livro, então seria melhor livros mais atuais, e que os agradassem em primeiro lugar para que pudessem entender um pouco de literatura na "lingua" deles. Agora a pessoa que escolhe fazer literatura (como eu) é porque gosta de sofrer e tem que ler mesmo com 1 litro de café e coca-cola gelada todos esses clássicos em 2 meses. E uma coincidências infâme é hoje eu ter prova de 5 titulos "memoravéis" dessas literatura, salvo alguns titulos dessa critica para meu gosto pessoal.
Valeu, ótimo post.

Anônimo postou 28 de abril de 2010 às 15:02

Concordo que é preciso diversificar os escritores porque há muitas obras de escritores mais atuais que já são clássicos.
Moacir Scliar é ótimo, tem muitas obras legais e quem o mencionou?
Eu acredito que a idéai deveria ser transmitida aos jovens de maneira mais lúdica - muitas colegas já usam clássicos em quadrinhos. A TV Cultura tem uma série ótima chamada "Tudo O Que é Sólido pode Derreter" - são episódios de meia hora que através do cotidiano adolescente, fala de clássicos como Auto da Barca do Inferno, Macunaíma, Iracema...
O importante é transmitir a idéia e não assustar o aluno com o o linguajar. Estimular é a palavra que impulsiona o gosto pela leitura.
É tempo de atualizar a linguagem para não perder o referencial. O ensino de Literatura ainda está em fase de modernização. Não são apenas oa alunos que tem preguiça de ler, alguns profissionais também tem preguiça de tentar novas metodologias de ensino.

Tiago Moreira postou 28 de abril de 2010 às 15:12

Como a Laís lá em cima comecei com a Ilha perdida na coleçaõ Vagalume e hoje sou apaixonado por leitura..
por causa dos estudos (trabalho com exatas que não me deixa tempo p. mais nada)e outras atividades diminui o ritmo.
Sobre os classicos acho que é IMPOSSIVÉL alguém decidir ler e começar com um Senhora ou o Alienista.. certo que Crepusculo já é descer demais, o aconselhavél é que se faça leitura agradaveis e interressantes (para cada tipo de pessoa) que vá sempre lhe acrescentar algo e não pq eu tenho aqula prova chata de Litetratua..
Obs. Apesar de bom leitor não sou bom com as palavras. espero ser entendido.

Anônimo postou 28 de abril de 2010 às 15:14

Concordo plenamente. Tenho 18 anos de idade e sempre precisei de um esforço sobrenatural para conseguir ler cinco páginas seguidas de algum livro obrigatório escolar sem me pegar pensando no que eu poderia fazer assim que terminasse. Sempre cheguei ao final, mas o prazo era de uma semana até que eu esquecesse toda a história que me esforçei tanto para ler. Não desprezo nenhum dos clássicos, muitos são maravilhosos. Tenho plena convicção, entretanto, de que sou uma das poucas exceções que existem hoje. A vida está evoluindo de forma surpreendende, seria bom que a literatura na escola acompanhasse esse ritmo e deixasse os clássicos para quando já plantou nos alunos o hábito de ler - e não somente 'mandar ler'. Adorei esse post.

justdaani postou 28 de abril de 2010 às 15:16

OK, confesso que eu li todas essas obras por obrigação de passar em provas. Porém muitos deles entraram na minha lista de preferidos. O Ateneu, Senhora, Iracema, Capitães de Areia, por exemplo, nossa eu ja devo ter lido quinze mil vezes hahahaha

Eu acho a questao não é o fato dos jovens terem ou não interesse nos livros e se os livros sao ou não legais [afinal, eles sao super interessantes, legais e eu nao tenho nada contra a linguagem "dificil"].

O problema é que o povo tem mesmo uma puta preguiça de ler, não gostam e pronto. Dê uma entrevista de 34384784 páginas sobre a banda cine ou aqueles livros que eu ODEIO, por exemplo "Como entender os garotos" [nao sei se é assim msm o nome]. Dê algum desses livros para os jovens que eu tenho certeza que eles devorariam as paginas em meia hora!

Os livros não tem que se adaptar ao interesse da pessoa, a pessoa tem que se interessar por eles, é uma questão de cultura. Eu poderia inclusive dizer que mtos jovens acham um 'mico' ler. Não sei mesmo o que ocorre, se é falta de atenção, falta de interesse, ou se é o fim do mundo msm. Fico com a 3 opção hahahaha

Lila postou 2 de agosto de 2010 às 17:37

Eu não sei se considero como um dom gostar de ler, ja que eu desde pequena levava minha mãe nas livrarias e quase a convencia que eu gostaria muito de ter uma biblioteca em casa, mas ela nunca comprava livros pra mim. O único que ela me deu foi uma surpresa pra mim, e todos os outros que tenho se não ganhei de algum amigo foi economizando o dinheiro do lanche do recreio pra comprar. Não sei daonde tirei a vontade de ler, pra mim quase qualquer coisa basta, seja um jornal, uma crônica em um site, uma revista, uma carta, ou os livros que na maioria empresto. Bibliotecas são meu paraiso e sebos também, por isso considero que os alunos deviam passar os 50 minutos de uma aula de literatura na biblioteca procurando o que gostariam de ler, no lugar de terem que engolir um livro apenas por ser clássico ou porque cai no vestibular.

Lila postou 2 de agosto de 2010 às 17:38

Eu não sei se considero como um dom gostar de ler, ja que eu desde pequena levava minha mãe nas livrarias e quase a convencia que eu gostaria muito de ter uma biblioteca em casa, mas ela nunca comprava livros pra mim. O único que ela me deu foi uma surpresa pra mim, e todos os outros que tenho se não ganhei de algum amigo foi economizando o dinheiro do lanche do recreio pra comprar. Não sei daonde tirei a vontade de ler, pra mim quase qualquer coisa basta, seja um jornal, uma crônica em um site, uma revista, uma carta, ou os livros que na maioria empresto. Bibliotecas são meu paraiso e sebos também, por isso considero que os alunos deviam passar os 50 minutos de uma aula de literatura na biblioteca procurando o que gostariam de ler, no lugar de terem que engolir um livro apenas por ser clássico ou porque cai no vestibular.

Unknown postou 8 de dezembro de 2010 às 19:10

O alienista foi uma das maiores obras que já li, apesar que tenho esse hábito desde os 13 anos, esse livro me surpreendeu, gosto muito de literatura, o que me falta é tempo agora! Tô me matando de estudar química, espero que ter tempo novamente pra ter o grande prazer de poder ler um bom livro, fica a dica de um ótimo:
O GRANDE MENTECAPTO

Fabiana postou 25 de abril de 2011 às 18:14

Qual é o texto do Zuenir Ventura?

 
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