As velhas K-7

Postado em 28 de set. de 2009 / Por Marcus Vinicius

Outro dia estava falando aqui sobre a minha redescoberta do prazer de ouvir discos de vinil. É uma experiência deliciosa poder escutar "The Cure - Concert" novamente em uma vitrola, tal qual nos meus tempos.

E tudo isso me fez lembrar outra prática tão comum e que agora meio que se perdeu na "modernidade": gravar fitas cassete.

Quem nunca esperou um amigo comprar algum LP para gravá-lo? Ou quem nunca fez compilações para ouvir no carro ou dar de presente pra namorada ou para aquela menina que queria conquistar?

Lembro como se fosse hoje.

Smiths, Dire Straits e U2 eram tiro certo para "impressionar", sem contar algumas melancolias do Depeche Mode e até Belle&Sebastian.

É uma tecnologia de complicada preservação, obsoleta e, ao contrário do vinil, na minha opinião tem mais contras do que prós, mas que é uma lembrança querida, isso é.

Qualquer conhecido que viajasse para o exterior (Paraguai já tava valendo) recebia o pedido para que trouxesse uma caixinha com 10 fitas TDK de 90 min., que eu achava bem superior às BASF.

Quantas tardes de sábado não passei escolhendo as músicas uma a uma para, no final do dia, presentear o amor-quase-platônico da vez com aquela fita cheia de declarações gravadas em forma de músicas!

Lembro que, já mais adulto, andava com uma maleta no carro com umas 50 fitas. Tom Petty, Bob Marley, Lloyd Cole, Killing Joke...elas possuiam a vantagem de serem pequenas e fáceis de carregar, o que não diminuia as desvantagens como magnetização, ficarem enroladas no rádio, arrebentarem ou simplesmente empenarem se expostas ao sol muito forte.

Aquelas fitinhas definitivamente não eram feitas pra durar, mas com certeza deixaram lembranças que nunca mais vão sumir.

10 Comentários:

Kash postou 28 de setembro de 2009 às 10:17

Nossa,eu até hoje tenho K7 e não pretendo me livrar delas. Até faz pouco tempo que fui ouví-las pra ver como estava a qualidade do áudio e também pra matar a saudade...Lembro de um episódio que eu havia acabado de comprar uma fita,e no trajeto de volta pra casa,ela ficou sob o sol e derreteu,sem eu mesmo ter ouvido...era uma fita que eu queria muito e fiquei muito triste por isso.É bom recordar isso haha

Solange Baumer dos Reis postou 28 de setembro de 2009 às 10:22

Nossa!Se lembro quantas vezes abri fita k7 pra consertar,com o maior carinho do mundo,afinal não éra tão fácil comprá-las.Bela lembrançaVoltei ao twitter e feliz por reencontrar suas opiniões!

Isabel postou 28 de setembro de 2009 às 11:21

hahahaha!! Fitas TDK eram a elite, rsss!! Mas, francamente, não tenho tantas saudades como do vinil. Já remendei muita fita cassete com pedacinhos de durex, e já perdi muitas músicas preciosas por defeito dessas fitas. E se deixasse dentro do carro, no sol, já era. Mas, de fato, faz parte das lembranças de todo mundo que tem mais de 30 anos. Já gravei muita coletânea da Rádio Fluminense nessas fitinhas, e ficava tentando interromper na hora da vinheta da estação, mas sempre pegava um pedaço...

MarcelGinn® postou 28 de setembro de 2009 às 12:55

Pois olhe querida, se eu te disser que ainda tenho algumas e que funfam!
Época da EuroDisco, pagava a Sparks System pra gravar as mesmas, e guardava a 7 chaves, tanto que as que tenho (BASF Cromo 60)estão em perfeito estado até hoje...
Tínhamos teorias sobre, por quantos cabeçotes a gravação havia passado, quanto menos melhor a qualidade (até hoje não sei se é real isso). Anos depois tive um casinho com uma aeromoça que trazia os vinis pra mim direto da Europa e fui abandonando as fitas, mas realmente, uma época show em que saía carregando fitas (exclusivas) e matava neguinho de inveja com as músicas que não tocavam nem a pau nas rádios. Hoje em dia tenho baixado tudo pela net (essas mesmas antigas Euro e dance) mas não tem a mesma graça.
Prefiro meus vinis, as fitas realmente ficaram como lembranças de uma boa época.
BGinn

Unknown postou 28 de setembro de 2009 às 13:23

FIIIIIIIITAS! Uhu! Eu tenho as minhas até hoje.. Vira volta escuto alguma. Eu gravava muita música do rádio. Nas férias escolares virava madrugadas inteiras vigiando músicas pra gravar, pois na madrugada não tinha locutor, e as músicas não eram cortadas.. Bons tempos aqueles hehehe..

Canela postou 28 de setembro de 2009 às 16:42

Que as fitas K7 serão nossos xodós, isso não há dúvida. Mas vou contar uma maldade que fiz com meu irmão, na época devia ter uns 7 anos: Lembram-se daquele bebê francês chamado Jordi? (nem sei se é assim que escreve), pois é, aquela música me irritou tanto que estourei o K7 na parede e depois devolvi ao aparelho de som. Até hoje ele me acusa por isso, mas nego até sob tortura! hehehe

Partido Único postou 28 de setembro de 2009 às 17:37

Cara, não vou comentar sobre esse texto especificamente, quero te parabenizar pelo blog!

Eu leio o que tu escreve desde "Á margem do gado" e "Platea Alta" sempre gostei do seu estilo irônico-irreverente de falar sobre política, comportamento, e principalmente futebol hahaha

Continue assim, seus textos são excelentes! Até me senti encorajado a continuar postando no meu blog! =)

Grande abraço
Guilherme

Milady postou 29 de setembro de 2009 às 08:55

Era divertido... Eu tenho uma fita que o ex-marido fez. De um lado ele gravou e deixou que eu gravasse do outro... Ficou uma senhora recordação!
Bons tempos... Eu também fazia isso da caixa de TDK. :-) Sempre tinha uma de quebra em casa.
Saudades do Vinil tb! Mas em casa, meu irmão e eu temos os nossos guardadinhos, bem conservados. Uma tonelada deles!!! :-)

beijo

Anônimo postou 30 de setembro de 2009 às 08:36

Putz, como era trabalhoso. Mas aquele trabalho pra gravar dava uma enorme satisfação na hora de ouvir "só as selecionadas".

Achava muito massa rebobinar a K7 com uma BIC...

sebastian ferrer postou 30 de novembro de 2010 às 06:38

PASSO PARA CDS TOADAS AS FITAS K7 COM EXCELENTE QUALIDADE---
corujinh@hotmail.com
sealfe@bol.com.br

 
Template Contra a Correnteza ® - Design por Vitor Leite Camilo