Existe democracia?

Postado em 2 de out. de 2009 / Por Marcus Vinicius

Todos os dias acompanho as notícias do mundo todo através do Google Notícias, adoro ver que na Austrália, por exemplo, também existem prefeitos que desviam a verba da merenda para fazer estátuas.

Claro que com bem menos intensidade do que os políticos brasileiros desviam verbas para construir castelos, mas ainda assim é curioso.

Pensando nas mazelas e idiossincrasias da sociedade moderna, me deparei hoje com a seguinte notícia: "Irlanda vota de novo sobre tratado da União Europeia".

Noves fora a nossa preocupação e conhecimento da Irlanda praticamente se resumir ao preço da cerveja Guinness no Irish Pub mais próximo e a alguns leprechauns, a manobra do governo de lá chama a atenção pelo "chavismo" brando contido.

Funciona mais ou menos assim: você convoca a população para opinar sobre determinado assunto, esperando que ela decida por uma opção que lhe é favorita. O "povo" vai e escolhe uma opção contrária à sua. O próximo movimento é simular uma aceitação, fingir que a vida segue e logo depois convocar a mesma consulta de novo e de novo, até que o resultado que você deseja seja "democraticamente" escolhido.

Sei que o caso irlandês é bem menos nocivo e asqueroso do que o de Hugo Chávez, que por si só é uma figura perniciosa politicamente, um psicopata com asdpirações ditatoriais.

Chávez concovou plebiscitos sucessivos até que conseguisse seu intento de poder permanecer no poder até ser tão caquético quanto Fidel (ultrapassados ambos já são).

O que fica como exemplo é: "eles" não se importam muito com o que nós queremos ou precisamos na verdade. Possuem uma agenda, possuem um "plano" e o cidadão é apenas um detalhe.

Isso tudo me leva a pensar se realmente existe democracia.

Para eleger-se deputado no Brasil, por exemplo, é necessário que se gaste uma verdadeira fortuna na campanha. Fortuna essa que um cidadão comum, trabalhador, honesto e pagador de seus impostos não tem condições de gastar.

Sobra-nos então as escolhas possíveis.

Ladravazes, gente condenada, envolvida com milícias, quadrilheiros, imbecis de pai e mãe, gente cuja inteligência se resume em arquitetar esquemas para subtrair dinheiro do erário público.

Existem honrosas exceções, mas estas a cada dia mais se rareiam, tanto pela idade, quanto pela contaminação que sofrem naquela convivência promíscua com a "coisa pública" que vemos em Brasília.

No final, nos vemos escolhendo sempre um "mal menor" e isso, na minha opinião, não é democracia.

3 Comentários:

Anônimo postou 2 de outubro de 2009 às 08:24

Desde que inventaram o comunismo a democracia periga desaparecer no Brasil e no mundo. Eu diria que no Brasil falta só alguns terrenos a conquistar e pronto, a esquerda anti-democratica estará no poder. Esse movimento nasceu com a sua base ideológica anti-democratica e terrorista, logo, penso que será assim sempre.

Hilton Neves postou 2 de outubro de 2009 às 17:24

* O plebiscito das armas 2005 começava a revelar qual era a dos Petralhas.
* Ñ sabia que a Irlanda tava nessa. Uma pena terra de mulheres tão belas passar por tal amolação. Felizmente o Cowen prometeu ser a última vez.
* Voto, serviço militar e horário eleit. obrigatórios sinalizam que nossa democracia é um pco cucaracha.

Anônimo postou 26 de abril de 2010 às 04:33

A democracia como valor universal não existe e nem pode existir, pois temos que chegar em sua essência e ver a quem se beneficia. Para a aristocracia grega da antiguidade existia a mais ampla “democracia”, porém, para os escravos, os oprimidos, os explorados, os indigentes, os destituídos e excluídos (que eram a absoluta maioria), a democracia era somente uma palavra vazia.
A absoluta maioria deve compreender sempre a importância em participar dos negócios públicos e sociais, lutando constantemente para atingir metas, objetivos e oportunidades, pelo motivo de que, o valor é na verdade alcançar os meios de uma existência humana digna com qualidade de vida melhor. E, por conseguinte, a absoluta maioria não deve ficar conformada em viver padecendo e morrendo para alimentar os donos da situação, ou seja, aceitando a tudo que a máquina destinada a manter o domínio da minoria privilegiada fique determinando no tempo ou no momento, em que os poderosos que detém mais privilégios venham a servir-se todas as vezes do exercito, da “justiça”, das prisões e dos órgãos punitivos, para assim manterem-se no poder a qualquer custo afastando e subjugando a absoluta maioria, ou deixando submissa, alheia e afastada da direção e gestão dos assuntos públicos e sociais.
Todas as nações devem encontrar sua própria forma de expressão, a conquistar sua própria liberdade e a desbravar seu próprio caminho. O povo é soberano para decidir seu destino e construir a Democracia de acordo com seus ideais de desenvolvimento e realidades sociais, políticas e econômicas. E, em tempo algum, os povos devem permitir ingerência em seus assuntos internos por parte de nenhum império. O povo de cada país tem todo o direito de lutar pela sua libertação social e nacional, e escolherem o melhor caminho para o desenvolvimento.
Cada povo tenciona tornar-se livre, soberano e independente, projetando construir a democracia de acordo com seus ideais de desenvolvimento ou realidades sociais, politicas e econômicas, na pretensão sempre de assegurar a soberania e independência nacional. Portanto, a vontade da absoluta maioria de um povo em mudar e defender um ideal que atenda aos interesses ou anseios da maior parte da população, também pode constituir-se como um processo de Democracia, no momento em que acontece quando dezenas de milhões de pessoas chegam a conclusão de que não se pode continuar a viver assim, e dessa forma escolhem o caminho da revolução social de libertação nacional.
As democracias são diversificadas refletindo a vida política, social e cultural de cada país. As democracias baseiam-se em princípios fundamentais e não em práticas uniformes, pois, não existe um modelo autêntico ou forma perfeita, plena ou exemplar de Democracia no mundo, e nem existe um modelo único que sirva para todas as regiões e todos os países.

 
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