Um sujeito passa pela rua quieto, cuidando da própria vida e de repente aparecem três meninas com bandeiras da UNE nas costas e um balde na mão.
- Pode dar um minuto da sua atenção?
- Claro! Estou sempre interessado no que membros da gloriosa União Nacional dos Estudantes tem pra dizer.
- Então, estamos coletando doações para a UNE e...
São interrompidas no ato:
- Fora a renda das carteirinhas?
- Então, as carteirinhas...
- Fora os 30 milhões para o prédio que nunca foi construído?
- Então, o prédio vai começar a ser construído...
- Fora a grana que a Procuradoria disse que foi gasta comprando roupas e bebidas?
- Já vi que você não vai dar, né?
Nessa hora o honesto cidadão chama um morador de rua que estava perto e pergunta:
- Bebe uma cachacinha?
- Bebo sim.
- Então toma 10 reais aqui pra você beber.
O sujeito vai embora beber sua pinga e o patrocinador da bebedeira ainda completa para surpresa das três:
- Prefiro sustentar esse vagabundo.
O mesmo personagem da historinha acima estava no metrô exercendo seu direito constitucional de ir e vir (que no Brasil não inclui conforto) e , de repente, vê um senhor de idade em pé, prontamente oferecendo o lugar.
O coroa sentou e retirou um exemplar da Veja (sei que o certo seria "de Veja", mas acho feio falar assim) e começou a ler.
De brincadeira, o nosso pagador de impostos inicia um diálogo que terminou se mostrando recompensador:
- Lendo a sua Veja, né?
- Não perco uma edição.
- Nem eu, mas olha, se fosse a Carta Capital eu ia pedir o lugar de volta...
E ele rindo respondeu:
- Meu filho, se você fosse um desses comunistas de shopping center que lêem Carta Capital,
nem teria oferecido o lugar e se eu lesse Carta Capital, não te esperaria me oferecer, mas tentaria tomar de você.
Os dois riem muito, o cidadão chega na sua estação, eles dão tchau um para o outro e seguem seu dia com um sorriso no rosto.
Moral das histórias: não tem moral, só que esquerdistas podem ser muito divertidos quando não estão tentando tomar alguma coisa de você.
3 Comentários:
Você se orgulha de escrever isso?
Me orgulho mesmo é de ter sido o protagonista das duas cenas. :D
Sem mais perguntas, meritíssimo!
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