Qualquer pessoa que use o Twitter já se deparou com essas pesquisas ou "quiz" que enchem o saco o dia todo.
É um tal de responder pesquisa pra descobrir se é nerd, se é bonito, se vai ser famoso, se o seu signo combina com o da Hannah Montana, se o pai e a mãe vão aumentar o valor da mesada, se Papai Noel vai trazer um cérebro novo de presente no Natal (ou pelo menos sinapses funcionais)...
Chega a ser curioso ver que tem quem precise de uma quiz para saber se "é 99% são paulino ou 101% palmeirense" (Falo isso porque pra ser corinthiano só 171).
O fato é que esses joguinhos, que lembram demais aquela versão moderna de praga do Egito que é o "jogo do add" no Orkut, transformam o Twitter num verdadeiro consultório de psicólogo que faz teste vocacional.
Outra coisa curiosíssima é que ninguém twitta essas Quiz e aparece algum resultado "ruim".
Deixa eu explicar: o cara vai lá e posta "Acabei de completar 'Qual personagem histórico eu seria?' e meu resultado foi 'Alexandre, o grande'".
Incrível como não aparece nenhum cavalariço, dona de puteiro ou eunuco, são só personagens grandiosos e com os quais qualquer um adoraria ser comparado.
Ainda não li uma enquete dessas em que o cara dissesse orgulhoso "Eu seria o Michael Jackson".
Não sei o porque dessa fixação nessas pesquisas malas, parece uma necessidade de descobrir uma identidade ou talvez seja falta do que falar mesmo, sabe como é, cabeça oca e tempo de sobra, é "personalidade Orkut" na certa.
Acabo de completar "Quem sou eu?" e meu resultado foi...
Postado em 9 de out. de 2009 / Por Marcus Vinicius 3 Comentários
A vida útil das gírias
Postado em 8 de out. de 2009 / Por Marcus Vinicius 11 Comentários
E aí? Tudo jóia?
O que tem de gíria idosa por aí não tá no gibi! "Broto" e "podes crer" que eram in, hoje são mais out do que bunda de índio.
Viraram coisa de coroa, não são mais chocantes.
Nem falo daquelas palavras que foram aposentadas, como assistência, patrulhinha ou "disco".
Outro dia ainda falei aqui do vinil e confesso que ainda não consigo me sentir confortável usando de novo a palavra "disco", sei lá, não me parece mais pedra 90 e nem prafrentex, mas é a vida.
E assim, aquelas expressões que já foram usadas por todo mundo, desde a rapeize até as velhas corocas, acabou virando coisa de matusquela e toda vez que alguém menciona uma ou outra gíria idosa atualmente acaba virando o maior salseiro e fazem blague da pessoa.
Tem gíria idosa que é supimpa, da pontinha mesmo! As minhas preferidas são aquelas pra definir o órgão sexual feminino. "Pissirica", "rosinha"...mas deixa eu parar senão já fico todo serelepe e alguém me dá um sossega leão.
Nesse tempo em que tudo vira processo, acabo gastando todo o meu ordenado pra pagar alguma multa e como sou muquirana, é melhor evitar. Porque o que tem de gente paspalha hoje em dia, é pule de 10 que mais cedo ou mais tarde me arrumam um auê!
É incrível como o tempo passa e as gírias que são um estouro hoje, com certeza ficarão tão velhas que logo parecerão ser do tempo do onça (ou seria do ronca?), passarão de moda e vai ser batata que quase ninguém mais vai querer usá-las, no duro!
Mas não deixa de ser de responsa recordar delas.
E você? Conhece alguma gíria idosa que arrebente a boca do balão? Você que é batuta, me conta aí!
O que tem de gíria idosa por aí não tá no gibi! "Broto" e "podes crer" que eram in, hoje são mais out do que bunda de índio.
Viraram coisa de coroa, não são mais chocantes.
Nem falo daquelas palavras que foram aposentadas, como assistência, patrulhinha ou "disco".
Outro dia ainda falei aqui do vinil e confesso que ainda não consigo me sentir confortável usando de novo a palavra "disco", sei lá, não me parece mais pedra 90 e nem prafrentex, mas é a vida.
E assim, aquelas expressões que já foram usadas por todo mundo, desde a rapeize até as velhas corocas, acabou virando coisa de matusquela e toda vez que alguém menciona uma ou outra gíria idosa atualmente acaba virando o maior salseiro e fazem blague da pessoa.
Tem gíria idosa que é supimpa, da pontinha mesmo! As minhas preferidas são aquelas pra definir o órgão sexual feminino. "Pissirica", "rosinha"...mas deixa eu parar senão já fico todo serelepe e alguém me dá um sossega leão.
Nesse tempo em que tudo vira processo, acabo gastando todo o meu ordenado pra pagar alguma multa e como sou muquirana, é melhor evitar. Porque o que tem de gente paspalha hoje em dia, é pule de 10 que mais cedo ou mais tarde me arrumam um auê!
É incrível como o tempo passa e as gírias que são um estouro hoje, com certeza ficarão tão velhas que logo parecerão ser do tempo do onça (ou seria do ronca?), passarão de moda e vai ser batata que quase ninguém mais vai querer usá-las, no duro!
Mas não deixa de ser de responsa recordar delas.
E você? Conhece alguma gíria idosa que arrebente a boca do balão? Você que é batuta, me conta aí!
"Quem fala o que quer...é invejado!"
Postado em 6 de out. de 2009 / Por Marcus Vinicius 9 Comentários
Ontem escrevi no Twitter que 99% das brigas só acontecem porque quase ninguém está preparado para ouvir um "f*da-se" logo em seguida ao pronunciamento das mágicas palavras "mas isso é só a minha opinião, tá?".
Não sei porque cargas d'água alguém um dia convencionou que dizer isso isenta a pessoa de ouvir uma resposta.
É como um cara dizer pra mim "não sei como você consegue caminhar nas ruas com estas costeletas!" e ouvir algo como "nem eu sei como você consegue com essa sua cara!" e ficar ofendido. Incrivel, né?
Mas as pessoas ficam.
Todo mundo pensa que tem aquela frase final, aquela máxima inapelável, o famoso "óbvio ululante" que encerrará qualquer debate como passe de mágica. Pode ser uma revelação bombástica, uma tirada genial, uma verdade inatacável, na cabecinha de quem a pronuncia, aquilo ali será a popular "chave de ouro".
Aí quando recebe aterrorizado uma resposta, seja ela qual for, o que acontece? Ah! É um absurdo!
O sujeito pode ter procurado encerrar uma discussão com um prosaico "você é um idiota" que se ouvir o outro responder "e você é um asno" vai se ofender mais do que qualquer coisa.
O outro é que é grosso, entenderam? Afinal, foi "só uma opinião".
Isso acontece comigo no Twitter vez por outra.
Estou lá falando sobre as minhas limãozices diárias e vem um esperto querer dar uma de "engraçado", aí eu respondo com a minha conhecida ferradura dourada e o sujeito se ofende.
O primeiro passo é me chamar de usuário de script, como se isso não fosse público, notório e confesso.
Depois, como não pode me chamar de burro porque isso é impossível, já que não sou mesmo, começa a me imputar acusações como "racista", "discriminatório", "truculento", etc, etc.
Ora, bolas! Se mete na minha conversa pra me encher o saco e quer o que? Flores?
E como pode ficar ofendido o sujeito contrariado! Se ele diz "O Pão de Açúcar é com certeza a paisagem mais linda do mundo" e você responde "Não, eu não acho que seja", pronto! Você é um "idiota, imbecil, tacanho e que não merece o convívio social".
É o julgamento de todo um caráter baseado no que a pessoa discorda do outro.
O próximo passo é chamar os amigos. Todo mundo sempre tem um amigo ou dois, ou três, prontos a defende-lo em qualquer coisa que faça. O ser-humano tem isso. Acha que prova de amizade e fidelidade é apoiar qualquer imbecilidade que o outro faça.
Por fim, a cartada genial: a inveja!
Uhhhhhh!
Alguém disse muito bem que a inveja é aquele argumento "infalível" que se usa quando a opinião ou crítica do outro é tão oposta à sua visão e tão bem defendida que só te resta apelar a ele.
É inveja porque não sou um "problogger de sucesso", "relevante", porque não tenho um iPod Touch, porque não tenho um par de tênis prateados, porque não me chamo Pafúncio, etc, etc...
Resumindo, seja lá o que a você diga, até que o céu é azul, você estará errado porque é "grosso", porque "todo mundo" acha você errado e porque você é invejoso.
Infelizmente não consigo ouvir/ler funçanata idiota sem responder. Não tenho medo de grosseria e nem de "turma", daí me acham encrenqueiro.
Mas nem sou, o que rola é que, como disse no início, quase ninguém está preparado para ouvir um "f*da-se" quando emite uma opinião inconveniente e eu estou cheio de "f*da-ses" para distribuir pra essa gente. Bring it on.
Não se acanhe! Distribua-os também.
Não sei porque cargas d'água alguém um dia convencionou que dizer isso isenta a pessoa de ouvir uma resposta.
É como um cara dizer pra mim "não sei como você consegue caminhar nas ruas com estas costeletas!" e ouvir algo como "nem eu sei como você consegue com essa sua cara!" e ficar ofendido. Incrivel, né?
Mas as pessoas ficam.
Todo mundo pensa que tem aquela frase final, aquela máxima inapelável, o famoso "óbvio ululante" que encerrará qualquer debate como passe de mágica. Pode ser uma revelação bombástica, uma tirada genial, uma verdade inatacável, na cabecinha de quem a pronuncia, aquilo ali será a popular "chave de ouro".
Aí quando recebe aterrorizado uma resposta, seja ela qual for, o que acontece? Ah! É um absurdo!
O sujeito pode ter procurado encerrar uma discussão com um prosaico "você é um idiota" que se ouvir o outro responder "e você é um asno" vai se ofender mais do que qualquer coisa.
O outro é que é grosso, entenderam? Afinal, foi "só uma opinião".
Isso acontece comigo no Twitter vez por outra.
Estou lá falando sobre as minhas limãozices diárias e vem um esperto querer dar uma de "engraçado", aí eu respondo com a minha conhecida ferradura dourada e o sujeito se ofende.
O primeiro passo é me chamar de usuário de script, como se isso não fosse público, notório e confesso.
Depois, como não pode me chamar de burro porque isso é impossível, já que não sou mesmo, começa a me imputar acusações como "racista", "discriminatório", "truculento", etc, etc.
Ora, bolas! Se mete na minha conversa pra me encher o saco e quer o que? Flores?
E como pode ficar ofendido o sujeito contrariado! Se ele diz "O Pão de Açúcar é com certeza a paisagem mais linda do mundo" e você responde "Não, eu não acho que seja", pronto! Você é um "idiota, imbecil, tacanho e que não merece o convívio social".
É o julgamento de todo um caráter baseado no que a pessoa discorda do outro.
O próximo passo é chamar os amigos. Todo mundo sempre tem um amigo ou dois, ou três, prontos a defende-lo em qualquer coisa que faça. O ser-humano tem isso. Acha que prova de amizade e fidelidade é apoiar qualquer imbecilidade que o outro faça.
Por fim, a cartada genial: a inveja!
Uhhhhhh!
Alguém disse muito bem que a inveja é aquele argumento "infalível" que se usa quando a opinião ou crítica do outro é tão oposta à sua visão e tão bem defendida que só te resta apelar a ele.
É inveja porque não sou um "problogger de sucesso", "relevante", porque não tenho um iPod Touch, porque não tenho um par de tênis prateados, porque não me chamo Pafúncio, etc, etc...
Resumindo, seja lá o que a você diga, até que o céu é azul, você estará errado porque é "grosso", porque "todo mundo" acha você errado e porque você é invejoso.
Infelizmente não consigo ouvir/ler funçanata idiota sem responder. Não tenho medo de grosseria e nem de "turma", daí me acham encrenqueiro.
Mas nem sou, o que rola é que, como disse no início, quase ninguém está preparado para ouvir um "f*da-se" quando emite uma opinião inconveniente e eu estou cheio de "f*da-ses" para distribuir pra essa gente. Bring it on.
Não se acanhe! Distribua-os também.
Ah, o tempo...
Postado em 5 de out. de 2009 / Por Marcus Vinicius 6 Comentários
Não escrevo este post porque pensei exclusivamente nela, mas a Brigitte Bardot pode muito bem ser a versão pictórica dele. Existem duas BBs e penso ser isto um fato.
Temos a ninfa, linda e sensual que faria Matuzalém levantar da tumba se quisesse e temos a senhora meio doida e encarquilhada, misto de amante dos animais e comentarista xenófoba.
Entre a primeira e a segunda versões dela, encontramos ele, o tempo.
Ovídio dizia ser ele o "devorador das coisas". Não precisava ser um sábio como ele pra pensar nisso.
Quantas vezes não nos assustamos ao ver por onde anda aquele velho ídolo da infância? Ou a gostosona da televisão que deixava a gente doido? Acreditem: a Madonna já foi uma gatinha um dia, e não esse frango depenado que desfila por aí.
Tenho um monte de exemplos, quem foi criança nos anos 80 lembra do seriado CHiPs, não? Procurem só para ver como está agora o Eric Estrada...
Mas isso acontece com todo mundo, afinal, o tempo passa para todos, não é? A diferença é saber encará-lo com lucidez ou com estupidez, como o Mickey Rourke.
Mas pior mesmo são os reencontros reais. Pior porque raramente aquela pessoa está igualzinha depois de 10, 15, 20 anos.
Aí acontece assim: ou a mina esquisita e quatro-olhos da escola agora virou uma baita gostosa que vai te desprezar para dar o troco por toda a zuação que aguentou, ou...
Aquela guria por quem você era louco, pagou paixão e tentou de tudo sem funcionar, agora, depois de 20 anos, resolveu ficar afim de você.
Maravilha, não? Até seria, se ela não estivesse 20 quilos acima do peso e ainda trouxesse como "brinde" um pacotaço de 3 filhos e 2 ex-maridos. (Existe a versão masculina, é claro, do bonitão que virou um careca bigodudo com pêlos na orelha e bafo de onça).
A moral da história é que não devemos desprezar jamais o efeito que o tempo tem em tudo que nos cerca e o melhor a fazer é aproveitar o hoje, aqui e agora, porque depois poderá ser tarde demais.
E claro, colocar na lista de "coisas a fazer" muita dieta e ginástica (depilação das orelhas também é bem vinda).
Temos a ninfa, linda e sensual que faria Matuzalém levantar da tumba se quisesse e temos a senhora meio doida e encarquilhada, misto de amante dos animais e comentarista xenófoba.
Entre a primeira e a segunda versões dela, encontramos ele, o tempo.
Ovídio dizia ser ele o "devorador das coisas". Não precisava ser um sábio como ele pra pensar nisso.
Quantas vezes não nos assustamos ao ver por onde anda aquele velho ídolo da infância? Ou a gostosona da televisão que deixava a gente doido? Acreditem: a Madonna já foi uma gatinha um dia, e não esse frango depenado que desfila por aí.
Tenho um monte de exemplos, quem foi criança nos anos 80 lembra do seriado CHiPs, não? Procurem só para ver como está agora o Eric Estrada...
Mas isso acontece com todo mundo, afinal, o tempo passa para todos, não é? A diferença é saber encará-lo com lucidez ou com estupidez, como o Mickey Rourke.
Mas pior mesmo são os reencontros reais. Pior porque raramente aquela pessoa está igualzinha depois de 10, 15, 20 anos.
Aí acontece assim: ou a mina esquisita e quatro-olhos da escola agora virou uma baita gostosa que vai te desprezar para dar o troco por toda a zuação que aguentou, ou...
Aquela guria por quem você era louco, pagou paixão e tentou de tudo sem funcionar, agora, depois de 20 anos, resolveu ficar afim de você.
Maravilha, não? Até seria, se ela não estivesse 20 quilos acima do peso e ainda trouxesse como "brinde" um pacotaço de 3 filhos e 2 ex-maridos. (Existe a versão masculina, é claro, do bonitão que virou um careca bigodudo com pêlos na orelha e bafo de onça).
A moral da história é que não devemos desprezar jamais o efeito que o tempo tem em tudo que nos cerca e o melhor a fazer é aproveitar o hoje, aqui e agora, porque depois poderá ser tarde demais.
E claro, colocar na lista de "coisas a fazer" muita dieta e ginástica (depilação das orelhas também é bem vinda).
Existe democracia?
Postado em 2 de out. de 2009 / Por Marcus Vinicius 3 Comentários
Todos os dias acompanho as notícias do mundo todo através do Google Notícias, adoro ver que na Austrália, por exemplo, também existem prefeitos que desviam a verba da merenda para fazer estátuas.
Claro que com bem menos intensidade do que os políticos brasileiros desviam verbas para construir castelos, mas ainda assim é curioso.
Pensando nas mazelas e idiossincrasias da sociedade moderna, me deparei hoje com a seguinte notícia: "Irlanda vota de novo sobre tratado da União Europeia".
Noves fora a nossa preocupação e conhecimento da Irlanda praticamente se resumir ao preço da cerveja Guinness no Irish Pub mais próximo e a alguns leprechauns, a manobra do governo de lá chama a atenção pelo "chavismo" brando contido.
Funciona mais ou menos assim: você convoca a população para opinar sobre determinado assunto, esperando que ela decida por uma opção que lhe é favorita. O "povo" vai e escolhe uma opção contrária à sua. O próximo movimento é simular uma aceitação, fingir que a vida segue e logo depois convocar a mesma consulta de novo e de novo, até que o resultado que você deseja seja "democraticamente" escolhido.
Sei que o caso irlandês é bem menos nocivo e asqueroso do que o de Hugo Chávez, que por si só é uma figura perniciosa politicamente, um psicopata com asdpirações ditatoriais.
Chávez concovou plebiscitos sucessivos até que conseguisse seu intento de poder permanecer no poder até ser tão caquético quanto Fidel (ultrapassados ambos já são).
O que fica como exemplo é: "eles" não se importam muito com o que nós queremos ou precisamos na verdade. Possuem uma agenda, possuem um "plano" e o cidadão é apenas um detalhe.
Isso tudo me leva a pensar se realmente existe democracia.
Para eleger-se deputado no Brasil, por exemplo, é necessário que se gaste uma verdadeira fortuna na campanha. Fortuna essa que um cidadão comum, trabalhador, honesto e pagador de seus impostos não tem condições de gastar.
Sobra-nos então as escolhas possíveis.
Ladravazes, gente condenada, envolvida com milícias, quadrilheiros, imbecis de pai e mãe, gente cuja inteligência se resume em arquitetar esquemas para subtrair dinheiro do erário público.
Existem honrosas exceções, mas estas a cada dia mais se rareiam, tanto pela idade, quanto pela contaminação que sofrem naquela convivência promíscua com a "coisa pública" que vemos em Brasília.
No final, nos vemos escolhendo sempre um "mal menor" e isso, na minha opinião, não é democracia.
Claro que com bem menos intensidade do que os políticos brasileiros desviam verbas para construir castelos, mas ainda assim é curioso.
Pensando nas mazelas e idiossincrasias da sociedade moderna, me deparei hoje com a seguinte notícia: "Irlanda vota de novo sobre tratado da União Europeia".
Noves fora a nossa preocupação e conhecimento da Irlanda praticamente se resumir ao preço da cerveja Guinness no Irish Pub mais próximo e a alguns leprechauns, a manobra do governo de lá chama a atenção pelo "chavismo" brando contido.
Funciona mais ou menos assim: você convoca a população para opinar sobre determinado assunto, esperando que ela decida por uma opção que lhe é favorita. O "povo" vai e escolhe uma opção contrária à sua. O próximo movimento é simular uma aceitação, fingir que a vida segue e logo depois convocar a mesma consulta de novo e de novo, até que o resultado que você deseja seja "democraticamente" escolhido.
Sei que o caso irlandês é bem menos nocivo e asqueroso do que o de Hugo Chávez, que por si só é uma figura perniciosa politicamente, um psicopata com asdpirações ditatoriais.
Chávez concovou plebiscitos sucessivos até que conseguisse seu intento de poder permanecer no poder até ser tão caquético quanto Fidel (ultrapassados ambos já são).
O que fica como exemplo é: "eles" não se importam muito com o que nós queremos ou precisamos na verdade. Possuem uma agenda, possuem um "plano" e o cidadão é apenas um detalhe.
Isso tudo me leva a pensar se realmente existe democracia.
Para eleger-se deputado no Brasil, por exemplo, é necessário que se gaste uma verdadeira fortuna na campanha. Fortuna essa que um cidadão comum, trabalhador, honesto e pagador de seus impostos não tem condições de gastar.
Sobra-nos então as escolhas possíveis.
Ladravazes, gente condenada, envolvida com milícias, quadrilheiros, imbecis de pai e mãe, gente cuja inteligência se resume em arquitetar esquemas para subtrair dinheiro do erário público.
Existem honrosas exceções, mas estas a cada dia mais se rareiam, tanto pela idade, quanto pela contaminação que sofrem naquela convivência promíscua com a "coisa pública" que vemos em Brasília.
No final, nos vemos escolhendo sempre um "mal menor" e isso, na minha opinião, não é democracia.
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