O dia que gritaram "fudeu!" durante um salto de pára-quedas e não foi um acidente

Postado em 18 de out. de 2011 / Por Marcus Vinicius

O que aconteceu com a boa e velha ilha deserta? Sério. Porque ultimamente acho que, depois da cama, esse é o lugar mais convencional que as pessoas pensam quando querem trepar ("fazer amor" é coisa de mulherzinha e homem sem pinto).

Outro dia li que um instrutor de vôo livre e ator pornô (vamos fazer de conta que esse currículo heterodoxo não é notícia por si só) foi demitido por fazer sexo com uma recepcionista durante um saldo de para quedas.

Achei que era mais um hoax, esses boatos da internet, mas não, a capa do Meia Hora (jornal de alto nível) do dia seguinte mostrou que era, sim,  true story.

E isso me levou a pensar de novo na ilha deserta e a concordar que realmente é um lugar meio sem graça para realizar conjunções carnais (falo isso mas não falo "fazer amor"). Afinal de contas, um banheiro de rodoviária, o alto de uma estátua eqüestre ou dentro do octogono do UFC (durante uma luta, é claro) é muito mais emocionante.

Não sei mais onde alguém poderia imaginar fazer saliências, mas como tenho mente fértil, pensei em algumas situações que, se analisarmos bem, nem são tão difíceis de acontecer depois que alguém pensou em transar durante um salto de pára-quedas.

No meio de uma cerimônia de casamento, por exemplo. Todo mundo sabe que a cerimônia é o tributo que a gente paga para comer de graça depois. Tirando os noivos (talvez nem eles), ninguém mais curte muito aquilo. Sendo assim, até que seria divertido se alguém resolvesse transar ali e interromper o "sim" dos noivos com um "yesssssss, baby".


Outro lugar maneiro seria no meio de uma reunião corporativa. O Power Point bombando, todo mundo babando em cima da montanha de copinhos de café em cima da mesa e você ali, pensando que a Dr. Cláudia do jurídico até que é bem gostosinha. E bem, uma coisa leva à outra e quando todos menos esperam rola um daqueles diálogos de filmes do Buttman:

- Seu cilindro de fax já está pronto?

- Sim, vou botar tudo na sua xerox.

E já que o negócio é fugir dessa coisa simplória de cama e quatro paredes, pode rolar no meio de uma passeata, durante uma visita a sua avó operada (embaixo da cama da velha), numa aula de pilates, em cima de bicicletas de Spinning, na platéia de um show do Wando (nesse caso o casal corre até o risco de ser contratado como atração fixa), num rodízio de pizzas, na fila do supermercado. Não faltam opções.

Só não pode em lugares batidos, tipo banheiro de avião. Porque convenhamos, né, banheiro de avião é quase tão sem graça quanto o quarto de casa ou uma ilha deserta.

4 Comentários:

Anônimo postou 18 de outubro de 2011 às 18:24

sugiro durante a espera num drive-through (alguns demoram muito)

mvsmotta postou 18 de outubro de 2011 às 18:25

Excelente idéia, viu?

Abraços!

Anônimo postou 18 de outubro de 2011 às 18:55

Terreno baldio num matagal, parque público, visitando uma casa à venda, dentro do carro numa rua movimentada debaixo de uma tremenda chuva (se tinha voyeur, não sei e nem quero saber. Valeu cada tensão.

Anônimo postou 18 de outubro de 2011 às 19:46

- provador de roupas e ônibus de turismo me atraem!

 
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