Duas escolhas

Postado em 14 de jul. de 2010 / Por Marcus Vinicius

A eleição deste ano terá 12 candidatos a presidência. Destes, três contam com a maior fatia das intenções de voto. A verdade porém é que o eleitor brasileiro ficará frente a frente com uma escolha bem mais simples, resumida em duas visões, duas posturas, dois "planos" para o que será o país nos próximos anos.

Temos um grupo político que se reuniu em torno da pessoa mais despreparada que já concorreu à Presidência da República desde a sua proclamação. Uma ex-ministra de um "Plano de Aceleração" virtual, e que nunca concorreu - salvo grande surpresa - nem a síndica de um condomínio.

Como sustentáculo dessa candidatura observamos, além do PT, um partido gigantesco e fisiológico como é o PMDB, uma caterva de mensaleiros cassados e obscuros, Movimentos Sociais da pior espécie como o MST, sindicatos e radicais de todas as visões possíveis.

Esta candidatura do PT, o mesmo partido que sequestrou o Ministério das Relações Exteriores com a intenção de confraternizar com ditadores, genocidas e facínoras de todo o mundo, representa um passo adiante na radicalização das propostas de viés mais autoritário da agremiação política.

Controle social da imprensa, comissões da verdade, estímulo a invasões, violência no campo, jogar pobres contra ricos, perseguir opositores utilizando para isso de meios ilegais e/ou imorais como quebras de sigilo e arapongagem, dossiês, tudo isso faz parte do indigesto cardápio que o partido pretende fazer a sociedade engolir.

Se durante o governo Lula esse radicalismo foi domado pela personalidade do presidente, durante um eventual - e bato na madeira três vezes - governo Dilma, ela é que será domada pelos radicais.

O presidente do MST - aquele amontoado de bandoleiros do campo - já avisou que as invasões irão aumentar com a eleição da petista. Os sindicatos se empenham tanto em ajudá-la - e se um sindicalista está fazendo qualquer outra coisa além de greve e churrascos, saiba que é você que sairá perdendo - que já podemos imaginar que o aparelhamento do estado ocorrido no governo Lula será aprofundado.

Tudo isso somado à estreita amizade com ditadores e tiranetes, como os irmãos Castro e o imbecil - porém perigoso - Hugo Chávez.

Dito isto, sobra ao eleitor essa escolha que ao meu ver nem é tão difícil: o Brasil continuará sendo uma democracia, com direito ao contraditório, sem fazer associações com aiatolás atômicos iranianos, índios cocaleiros bolivianos e toda sorte de ditadores, um país que mantém uma normalidade democrática desde meados dos anos 1980, ou vamos nos tornar uma democracia plebiscitária, com cidadãos jogados contra cidadãos, com um estado policial ameaçando quem levanta a voz contra o que acontece, um simulacro de democracia triste e ridículo, como é o venezuelano?

A derrota do PT é muito mais do que uma simples transição de poder, saudável alternância democrática, a derrota do PT significará a manutenção da democracia no Brasil, da forma como a conhecemos hoje.

Não consigo imaginar escolha mais fácil.

6 Comentários:

Tuka Siqueira postou 14 de julho de 2010 às 11:20

Eu sinceramente gostaria de poder anular meu voto, tamanha é a falta de opção que encontro nestas eleições, falo de boas opções e não a triste escolha entre o ruim e o péssimo. Mas não o farei, por saber que anular meu voto não ajudaria em nada. Enfim, vou escolher entre o ruim e o péssimo mesmo.

Nelson Jonas Ramos de Oliveira postou 14 de julho de 2010 às 11:47

Prefiro a opção de pagar multa por me abster de votar!

André Luís postou 14 de julho de 2010 às 16:13

No governo - bato três vezes na madeira- desta Senhora, o seu blog será fora da lei!
Nós já caímos na armadilha, agora é a hora de tentar sair dela. É sair da frigideira para o fogo, ou até pior. Veremos

Marcos postou 14 de julho de 2010 às 19:08

De fato é uma dúvida cruel que deve assolar as mentes dos brasileiros pensadores... Em quem votar, na morte ou na caveira? Tenho 3 opções: 1) a 3ª via; 2) anular; 3) não votar (morando fora da minha cidade, acho essa a mais provável...)

Isabel postou 15 de julho de 2010 às 06:37

Concordo que não é uma escolha difícil. Nunca simpatizei com o PSDB, mas esse estrupício da Dilma facilita bastante a decisão.
Bjs

Nursingdri postou 15 de julho de 2010 às 13:04

Depois que as eleições passam somos acusados de ter colocado no poder os bandidos que lá estão. Não vejo outro saida: ou mato ou morro. Se não votamos estamos ajudando àquele que está com mais votos a ganhar. Concordo com as suas idéias, espero que mais pessoas possam encontra uma luz.

 
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